Grace Bichara: mensagens na madrugada
A cardiologista pediátrica que encontrou na maternidade a motivação para cuidar de crianças
Nicole veio ao mundo em abril de 2012. Em novembro, enfrentava sua primeira cirurgia, a correção de uma válvula entupida diagnosticada em sua gestação. Ficou quarenta dias internada, em sete deles com o tórax aberto. Com muita luta, conseguiu melhorar e recebeu alta. Um mês depois, passou mal e foi submetida às pressas a uma segunda intervenção. “O risco era maior, mas não tínhamos escolha”, afirma sua mãe, Flávia Gonçalves Chacon. “Só aguentei graças a ela”, desabafa, apontando para a cardiologista Grace Bichara. No fim das operações, a médica intima os familiares a irem para casa descansar. Ela é quem passa a noite na UTI. “A recuperação é longa e precisamos dessas mulheres inteiras”, explica Grace, que se preocupa em mandar torpedos tranquilizadores durante a madrugada. Mãe de Felipe, de 20 anos, ela encontrou na maternidade precoce (engravidou aos 17) a motivação para cuidar de crianças. Com o diploma da Universidade Federal de Santa Maria na mão, estudava para o exame de residência do Hospital das Clínicas após o menino dormir. Especializou-se em cardiologia pediátrica e cateterismo. “Eu me sinto um pouco mãe de cada paciente”, diz. “Seria mais saudável se eu não me envolvesse, mas não sei trabalhar de outra forma.” Grace é ainda voluntária: trata de moradores de rua. Nos sete réveillons que já passou em plantão, ganhou a companhia de Felipe, hoje aluno de direito, e do marido, arquiteto. “A família é o que nos segura.”
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