Beatriz Furlanetto: dez cirurgias por semana
A cardiologista que calcula já ter feito mais de 3 000 cirurgias
“Em agosto de 2001 ganhei uma filha e uma parceira para criá-la”, conta a comerciante Elaine Silva, sobre o nascimento de Ágatha, hoje com 11 anos. Devido a uma hipoplasia (uma espécie de atrofia) do ventrículo direito, a menina precisou ter o peito aberto quatro vezes em seus primeiros dezessete meses de vida. “Foi aí que a doutora Beatriz surgiu, sempre calma e firme, salvou a minha princesa e me ajudou a ter confiança para seguir em frente”, diz Elaine. Cirurgiã cardiológica infantil do Hospital Beneficência Portuguesa desde 1985, Beatriz Furlanetto é também a heroína de muitas outras famílias. “Minha filha, com 24 anos, ainda tem ciúme dos pacientes”, revela. Ela calcula ter feito cerca de 3.000 operações, várias delas horas depois do parto, e mantém um ritmo de dez por semana. “É pouco, se considerarmos a quantidade dos que necessitam desse tipo de procedimento.” Motivada por essa missão, Beatriz fundou em 2007, ao lado do marido, o médico Glaucio Furlanetto, o Instituto Furlanetto, em que o casal se une a colegas e viaja para atender crianças carentes. “Na maioria dos estados, pacientes com problemas congênitos ficam sem tratamento”, explica a cirurgiã. Capitais como Manaus, Florianópolis e Lima, no Peru, já foram visitadas pelo projeto. De quebra, o trabalho ajuda na capacitação de profissionais na especialidade. “É um sonho que estamos realizando.”
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