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Governo calcula prejuízo de 2 milhões reais em escolas ocupadas

Danos ao patrimônio teriam ocorrido durante protestos contra reorganização escolar; alunos negam

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h44 - Publicado em 9 jan 2016, 17h07
Escola Estadual Fernão Dias Paes
Escola Estadual Fernão Dias Paes (Fotoarena/Folhapress/)
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Com duas escolas ainda ocupadas em protesto contra a reorganização escolar proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), a Secretaria Estadual da Educação informou na sexta (8) que teve um prejuízo estimado em 2 milhões de reais com danos nas unidades.

No auge dos protestos, 196 escolas foram tomadas. Dessas, 115 teriam sido danificadas ou registrado furtos, segundo a pasta.

Entre outras acusações, a secretaria aponta que os ocupantes da Escola Estadual Caetano de Campos, na Consolação, centro de São Paulo, provocaram prejuízos de mais de 13 500 reais com furtos, depredações e desperdício de alimentos da merenda.

Segundo a pasta, os freezers da escola foram desligados durante a ocupação e mais de 200 quilos de carne, frango e margarina teriam estragado. Os alunos negam os danos ou que tenham provocado o desperdício da merenda.

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Nas escolas estaduais Godofredo Furtado e Anhanguera, ambas na Zona Oeste de São Paulo, únicas unidades que permanecem ocupadas, os alunos disseram que ainda não saíram porque a secretaria não garantiu que os problemas de infraestrutura nas unidades serão resolvidos.

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Ariane Lima, de 17 anos, é aluna do segundo ano da Escola Godofredo Furtado e disse que a ocupação deve permanecer até que a direção se comprometa a consertar os ventiladores e mobiliário escolar quebrado das salas de aula e um vazamento no auditório. “São coisas que pedimos e nunca são resolvidas. A direção sempre diz que não tem dinheiro. Por isso, nós estamos cobrando o governo para que isso seja resolvido agora. Senão, nunca vão consertar”, disse Ariane.

Na escola Anhanguera, que funciona em um prédio tombado, os alunos disseram que a estrutura antiga não tem manutenção adequada. Eles contam que os pisos das salas afundam e, em dias de chuva, ficam molhados por causa de goteiras.

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Os estudantes também cobram que os computadores da sala de informática sejam conectados à internet e a aquisição de livros para a sala de leitura. Os estudantes disseram que a direção também afirmou não ter recursos para atender às reivindicações.

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Em nota, a secretaria informou que, antes das ocupações, não tinha registro de problemas estruturais em nenhuma das duas unidades. Informou ainda que a escola Godofredo Furtado concluiu em 2012 uma reforma geral de 359 000 reais com a troca da cobertura.

Já a Anhanguera teria recebido 638 000 reais para reformas nos últimos quatro anos, segundo o governo.

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Para evitar mais atraso na conclusão do ano letivo, a direção das duas unidades iniciou as aulas de reposição, que seguem até 3 de fevereiro, em escolas vizinhas.

 

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