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Morador de rua diz que recebeu sacos com partes do corpo de um homem

Em depoimento, ele afirmou que ganhou 30 reais para transportar as embalagens com braços, pernas e tronco

Por Redação VEJASAOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 14h56 - Publicado em 5 abr 2014, 11h41

Em depoimento que terminou na madrugada deste sábado (5), o morador de rua suspeito de ter espalhado partes de um corpo esquartejado em São Paulo confessou a participação no caso. De acordo com a polícia, ele recebeu 30 reais para levar três sacos plásticos com pernas, braços e tronco de um homem, mas negou conhecer o conteúdo que transportou.

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Durante o depoimento, o suspeito disse ter sido abordado por um homem em um carro na região do Cemitério da Consolação. Cor, modelo e placa do veículo ainda não foram identificados. “O rapaz é usuário de drogas e não faz relatos detalhados e com clareza”, relatou Itagiba Franco, delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Ele disse nem saber do caso ou que estava sendo procurado.”

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O suspeito foi detido durante uma operação de rotina da Polícia Militar no centro da cidade. Procurado por roubo, ele foi levado ao 5º Distrito Policial, na Liberdade. Lá, o morador de rua foi relacionado ao caso do esquartejamento com base em um retrato computadorizado divulgado na quinta (3). A imagem foi produzida com ajuda de computador a partir de cenas de vídeos registrados por câmeras de segurança de prédios da região de Higienópolis, onde os sacos foram encontrados.

O caso

Por volta das 9h do dia 23 de março, um catador de papel encontrou em um saco de lixo duas pernas e dois braços humanos decepados. A sacola estava na esquina da Rua Sergipe com a Rua Sabará, em Higienópolis, em frente ao Cemitério da Consolação. Assustado, ele pediu a ajuda de um comerciante, que chamou a polícia.

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Mais tarde, por volta do meio-dia, um tronco foi achado na região, na esquina da Rua Mato Grosso com a Rua Coronel José Eusébio. Os policiais também encontraram nas sacolas plásticas um vestido.

As pontas dos dedos e parte da pele do tórax foram arrancadas para dificultar o trabalho da perícia. “Já vi casos parecidos, mas este impressiona por causa dos detalhes. A pessoa agiu para dificultar o trabalho da polícia”, diz o delegado Itagiba Franco.

Na manhã do dia 27 de março, Policiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) encontraram uma cabeça dentro de um saco plástico na Praça da Sé, no centro. Os agentes foram alertados por um pedestre que reparou uma grande concentração de moscas no local. No mesmo dia, peritos confirmaram que a cabeça pertencia ao corpo desaparecido em Higienópolis.

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