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Acidente aéreo mata Eduardo Campos em Santos

Candidato do PSB à Presidência morreu no mesmo dia que seu avó, Miguel Arraes, falecido em 13 de agosto de 2005

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 14h12 - Publicado em 13 ago 2014, 13h22
Acidente -Eduardo Campos 11
Acidente -Eduardo Campos 11 (Paloma Petinatti/)
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O presidenciável Eduardo Campos, do PSB, de 49 anos, morreu em acidente de avião em Santos na manhã desta quarta-feira (13). Outras seis pessoas estavam na aeronave, de acordo com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Santos. Os corpos começaram a ser removidos do local por volta das 15h30.

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O bimotor caiu sobre algumas casas na Rua Vahia de Abreu, no Canal 3, em Santos, na manhã desta quarta-feira (13). De acordo com a prefeitura, quatro pessoas que estavam próximas ao local foram encaminhadas para o Pronto Socorro Central, com intoxicação e ferimentos de estilhaços. Todas passam bem e já foram liberadas.

O Comando da Aeronáutica informou que a aeronave é do modelo Cessna 560XL, com prefixo PR-AFA e tem capacidade para doze pessoas. O avião decolou do Aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e caiu quando se preparava para pousar. Às 12h10, Eduardo Campos participaria do Fórum Exame.

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Marina Silva, candidata a vice na chapa de Campos, não estava no voo. Segundo sua assessoria de imprensa, ela iria de carro de São Paulo até o litoral. A Rede Sustentabilidade, seu partido, tuitou: “Todos estamos chocados com a morte de Eduardo Campos, em queda de avião hoje de manhã. Marina Silva segue agora para Santos (SP)”.

O presidenciável era esperado para um evento no litoral e seria recebido pelo amigo e deputado federal Márcio França, do PSB, que fez contato pela última vez com Campos às 9h30. “Combinamos que eu o receberia na base aérea de Santos, às 11 horas.” Às 12h10, Eduardo Campos participaria do Seminário Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos.

Biografia

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Eduardo Campos nasceu em Recife e tinha 49 anos. Era casado e pai de cinco filhos. Foi eleito governador de Pernambuco em 2006 e reeleito ao cargo em 2010, com mais de 82% dos votos.

De família tradicional na política, era filho da ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, e neto do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, que morreu no mesmo dia de Campos, há exatos nove anos. 

O candidato se formou em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco aos 20 anos de idade.  Foi chefe de gabinete do avô, quando este era governador, e ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 1990. No mesmo ano, elegeu-se deputado estadual. Nas três eleições seguintes, assumiu como deputado federal. Em 2003, tomou posse como ministro da Ciência e Tecnologia. Tornou-se presidente do PSB em 2005 e se licenciou do cargo para se eleger governador de Pernambuco. Em abril deste ano, entregou o governo para se candidatar à Presidência, tendo Marina Silva como vice-presidente.

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Ontem, ele concedeu entrevista ao vivo ao Jornal Nacional, da Rede Globo.

Testemunhas do acidente

Equipes do Corpo de Bombeiros, do Samu e da Defesa Civil estão no local. Cerca de setenta homens trabalham lá. Em nota, a prefeitura de Santos decretou luto oficial de três dias.

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Entre as quatro vítimas que estavam próximas ao local do acidente, estão uma menina de 9 anos, duas mulheres, de 29 e 35 anos, e um homem de 29 anos. Uma senhora de 70 anos levou um susto no momento da queda e também foi encaminhada ao pronto-socorro.

Ana Cecília Alvarez, de 52 anos, moradora do prédio em frente à academia, contou que no momento do acidente estava na cozinha de seu apartamento no sexto andar. “Fui arremessada para trás. Pensei que fosse um furacão. Saí correndo do jeito que estava pelas escadas”, contou Cecília. Quando chegou à rua, as vidraças do prédio e das casas ao redor estavam quebradas. “O porteiro do prédio ficou ferido porque também foi jogado para trás com o impacto”.

Ela ainda conta que policiais e bombeiros chegaram rapidamente ao local para isolar o quarteirão.

Outra moradora de um quarteirão próximo contou que sentiu um tremor. “O barulho era tão alto que parecia o de um terremoto. Vidros se quebraram e, quando saí na rua, os batentes das portas das casas estavam arrebentados.”

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