Dilma Rousseff é ruim para 65% do eleitorado, diz Datafolha
Resultado só não é pior do que a avaliação de Fernando Collor antes do impeachment; pesquisa constatou ainda vantagem de Aécio Neves em uma possível disputa eleitoral com Lula
A reprovação do governo de Dilma Rousseff alcançou seu pior índice até o momento. Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (21) demonstra que 65% dos eleitores avaliam a presidente como ruim ou péssima, número recorde entre os levantamentos realizados desde janeiro de 2011, em seu primeiro mandato.
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Segundo o Datafolha, este resultado só não é pior do que a avaliação do ex-presidente Fernando Collor de Mello antes do impeachment, com taxa de 68% de reprovação. Considerando a margem de erro, eles estariam empatados tecnicamente.
Apenas 10% do eleitorado considera o governo da petista como bom ou ótimo. Em relação à pesquisa realizada em abril, a reprovação subiu cinco pontos. Já a aprovação caiu três pontos.
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O instituo mostra que a taxa de aprovação e reprovação da presidente é muito parecida em diferentes níveis sociais. No grupo com renda familiar de até dois salários mínimos, 11% aprovam contra 62% que reprovam o governo. No grupo com renda maior a dez salários mínimos, 12% aprovam e 66% reprovam.
Entre as preocupações dos brasileiros, o desemprego registrou aumento de cinco pontos, atingindo os 11%, atrás de saúde e corrupção. Para 73% dos entrevistados, o desemprego irá aumentar nos próximos meses, ante 70% que responderam desta forma em abril.
Eleições
O Datafolha divulgou também uma simulação para presidente da República. Em uma disputa entre o senador Aécio Neves (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o tucano sairia na vantagem, com 35% das intenções de voto, dez pontos a mais que o ex-presidente.
Marina Silva (PSB) ficou em terceiro lugar. Já Luciana Genro (PSOL), Eduardo Paes (PMDB) e Eduardo Jorge (PV) alcançaram 2% cada um.O Datafolha também fez a simulação trocando Aécio Neves por Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. Neste cenário, Lula e Marina empatariam em primeiro lugar, com 26% e 25%, respectivamente, enquanto Alckmin atingiria 20%.
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O levantamento foi realizado entre os dias 18 e 19 de junho de 2015.