Dez lugares não tão óbvios que todo paulistano tem que conhecer
Os passeios, museus e galerias de arte um pouco menos pop que valem a visita
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano: a construção dos anos 50 foi projetada pelo arquiteto Oswaldo Arthur Bratke e carrega toda a identidade da arquitetura modernista. Durante duas décadas o espaço funcionou como lar da família do casal fundador. Após a morte de Maria Luisa, no entanto, Oscar decide doar o terreno para a cidade e, junto com ele, uma vasta coleção de obras de arte assinadas por nomes como Lasar Segall, Di Cavalcante e Cândido Portinari. O acervo também conta com itens de porcelana, tapeçaria e prataria. Hoje a fundação funciona como museu e oferece atividades culturais como concertos e cursos relacionados à história do brasil. Ao visitar o museu, reserve um tempo também para apreciar o jardim que abriga árvores do tipo pau-brasil e pés de café.
Teatro São Pedro: casa especializada em ópera que surgiu no final do século XIX. Até poderíamos estar falando do Theatro Municipal, mas não. É um teatro menor, intimista e sem tanta pompa que já fechou e reabriu várias vezes porém não menos interessante do que o “irmão” mais conhecido. Por lá já foram apresentadas peças ícones como Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto e música de Chico Buarque. O teatro também abrigou o grupo teatral Papyrus que representava resistência direta à ditadura militar enquanto colaborava para a vida cultural paulistana. Mas a chave essencial para a reestruturação do teatro e recolocação na cena artística da cidade foi se tornar sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, há quinze anos. A direção atual fica por conta do maestro Luiz Fernando Malheiro. Os ingressos para a temporada 2017 podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo site Compre Ingressos.
Coleção Brasiliana e Numismática: Você pode ter ido várias vezes ao Itaú Cultural para ver alguma exposição e nem ter passado por lá. É que a mostra fixa ocupa os andares 4 e 5 do prédio, no Espaço Olavo Setubal, enquanto as exposições temporárias ficam nos primeiros três andares. São obras de arte e documentos que começaram a ser reunidos na década de 1960 que somam 12 000 itens divididos entre esculturas, fotografias, gravuras, pinturas e até medalhas e moedas que narram cinco séculos da história brasileira. Caso queira ter uma prévia da experiência, dá para fazer um tour virtual pelo espaço. A entrada é franca.
Casa de Vidro: tem obras de arte e mobiliário do casal que ali viveu, Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi. A área de 7 000 metros quadrados é tombada como patrimônio histórico e abriga a sede do Instituto Lina Bo e P.M. Bardi. As visitas para o público acontecem de quinta-feira à sábado em horários específicos (às 10h15, 11h45, 14h15 e 15h30) e duram entre 45 min e 1 hora. Os ingressos custam 20 reais inteira e 10 reais a meia entrada.
Casa da Imagem: ocupa uma casa na região central anexa ao Solar da Marquesa. Sua programação traz exposições de fotografia.
Cripta da Sé: nem todo mundo sabe que esse lugar existe. Trata-se de uma espécie de capela cavada bem debaixo do altar principal que abriga quinze bispos portugueses e brasileiros que atuaram na cidade de São Paulo.
Biblioteca Villa-Lobos: inaugurada em dezembro do ano passado, é um espaço para ir com a família. Tem espaço de brincar, videogames, área ao ar livre e acervo de 15 000 títulos que aborda o universo infantil.
Museu da Imigração: o prédio da antiga Hospedaria de Imigrantes possui um lindo jardim e recebeu cerca de 2,5 milhões de pessoas de 1887 a 1978 e foi restaurado. Nas novas instações há loja, café e biblioteca.
Obelisco: o monumento de 1955 ficou doze anos fechado e reabriu no fim de 2014. Dedica-se aos 713 soldados mortos durante a revolta paulista contra o governo de Getúlio Vargas.