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Às vésperas do lançamento do COMER & BEBER, em outubro passado, visitei o Miu. Na resenha publicada no guia anual, o restaurante japonês, parte da carteira de negócios gastronômicos do +55 Group, liderado por Gabriel Carvalho, recebeu três estrelas. Deram um peso positivo à avaliação o atendimento atencioso, o ambiente agradável e, sobretudo, a qualidade da cozinha. Há que reconhecer que o sashimi de atum (R$ 17,00, três fatias) não empolgou muito, mas o de olho-de-boi (R$ 10,00, três fatias) era ótimo. Também eram de primeira a robata de wagyu no carvão (R$ 46,00 a dupla) e o creme brûlé de matchá (R$ 20,00). Em visita mais recente, neste mês, provei novamente o missoshiru com macarrão de arroz e salsinha (R$ 13,00), outra vez uma alegria. E mereceram aplausos do paladar o moderninho tempurá com peixe cru batido por cima. O de atum, como quase sempre ocorre, mostrou-se superior à versão de salmão. Os acertos pararam aí e explicam por que o Miu perde uma estrela. O sashimi de bluefin toro (R$ 53,00), caríssimo atum do mediterrâneo, estava aguado, provavelmente resultado de um descongelamento desastrado. Faltou firmeza às fatias de linguado (R$ 10,00), um peixe fibroso. Num arroz pobre em tempero, chegaram um ouriço-do-mar (R$ 26,00) triste pelo gosto de iodo e um carapau marinado (R$ 10,00) sem intensidade de sabor, além de boas versões de polvo (R$ 13,00) e robalo (R$ 10,00). Na sobremesa, uma película de mochi envolvia um duríssimo sorvete de chá-verde e vinha com um macaron de damasco (R$ 28,00), que não dissolvia na boca como era de esperar.
Informações checadas em fevereiro de 2020.