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Restaurantes premiados e paisagens imperdíveis: um roteiro pelo Peru

Confira os principais pontos de Lima, Cusco e Machu Pichu, com destaque para a gastronomia número um do mundo

Por alice.granato
25 out 2025, 08h00
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Machu Picchu: sítio arqueológico inca é patrimônio mundial da Unesco (Alice Granato/Veja SP)
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Conhecer o Peru sempre foi um sonho. Estar diante daquelas montanhas exuberantes, em meio ao Vale Sagrado dos Incas, nos leva a outra dimensão, da ordem do divino, do encantamento com a natureza que nos atravessa inteiramente. A cidade de Machu Picchu (a 2 400 metros de altitude), sítio arqueológico inca, patrimônio mundial da Unesco e uma das sete maravilhas do mundo, sempre permeou e permeia o imaginário dos turistas.

A viagem de trem até lá (cerca de três horas partindo da belíssima Cusco) até a pequena Águas Calientes (de onde se pega um ônibus para subir até o parque) é um prenúncio do que se vai encontrar. O trem Hiram Bingham da Belmond é de uma elegância sem igual, levando os viajantes a embarcarem com música latina ao vivo, open bar, rios e montanhas em um caminho auspicioso.

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Cultura inca: dança e música peruanas na estação de embarque (Nicolas Quiniou/Divulgação)

A porta de chegada é pela vibrante capital, Lima, com vários restaurantes estrelados, entre eles o Maido, número 1 do mundo pelo ranking The World’s 50 Best Restaurants 2025, e o Kjolle, da chef Pía León, que ocupa o nono lugar na lista. Além do magnífico Central, no mesmo prédio do Kjolle, no charmoso bairro de Barranco, e do La Mar Cebichería, do chef Gastón Acurio, cozinheiro responsável por difundir a cozinha peruana mundo afora.

Ao conhecer esses lugares todos, entendemos rapidamente os postos alcançados. O orgulho da terra, dos ingredientes, de quem os plantou e os produz explica essa tão festejada colheita. Ali, não importa apenas o que é serviço ao final, todos os processos fazem parte e ganham status à mesa. Nas visitas aos restaurantes, nos menus, louças, talheres, tudo traz a cultura inca, de forma respeitosa e artesanal. Não são apenas refeições, mas aulas de conhecimento e arte.

Belmond Hiram Bingham

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Viagem mágica: o trem Hiram Bingham que leva os passageiros de Cusco a Machu Picchu num trajeto auspicioso e repleto de conforto (Matt Hind/Divulgação)

Esse trem é pura magia. Da recepção na estação — com músicos peruanos tocando hinos latinos como Guantanamera — até a entrada no vagão, a receptividade, o conforto e as acomodações luxuosas, com direito a sala de estar, bar e varanda, de onde se pode sentir os ventos andinos e toda atmosfera do Vale Sagrado, com visuais deslumbrantes.

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O trem oferece todas as refeições, com comidas leves (a digestão é lenta na região por causa das altitudes elevadas) e bebidas à vontade. O bar vai do champanhe ao pisco sour, passando por uísque ou, para quem preferir, chás locais, como o de munha (menta nativa da Cordilheira dos Andes, ótimo para equilibrar o organismo).

A viagem de ida e volta a Machu Picchu passa rápido de tão bonito que é o trajeto. Viagem para guardar na memória e sonhar em voltar. @belmondandeanexplorer.

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Bons ventos pacíficos: visão panorâmica de Lima, que está no topo da gastronomia mundial (Antorti/Getty Images)

Maido

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Maido (Alice Granato/Veja SP)

É surpreendente a saudação que o cliente recebe de toda a equipe quando adentra o restaurante número 1 do mundo: “Maidooooo”, pronunciam em tom grave. A palavra significa “obrigado por voltar”.

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Ingredientes peruanos com a técnica japonesa pelas mãos do chef Mitsuharu “Micha” Tsumura, e a equipe afiada de sua cozinha nikkei, alcançaram o topo do ranking The World’s 50 Best Restaurants neste ano. A alegria com o título é perceptível e contagiante.

“A vida é movimento, nada é estático nem absoluto, estamos em um fluxo constante, como está a terra”, são dizeres do menu Experiência Maido, sequência de catorze pratos como o toro (parte nobre do atum) cortado na mesa e o sorvete de chorizo regional.

É a segunda vez que o Peru encabeça o raking global. Em 2023, foi o Central que recebeu a premiação máxima. Em 2025, além do Maido, o Kjolle ficou com a nona posição (veja ao lado), o Mérito em 26º e o Mayta em 39º. Fase de ouro para a gastronomia do país. @mitsuharu-maido.

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Maido: número 1 do mundo (Zé Marcio Alemany/Veja SP)

La Mar

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Frutos do mar: na cozinha do chef Gastón Acurio (Amar Lima/Divulgação)
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O La Mar é uma festa. Alegre, multicolorido, com música latina alta, pratos e drinques deliciosos, o lugar convida a chegar, ficar e voltar! O chef Gastón Acurio honra e leva a cozinha peruana para o mundo, com pescados e frutos do mar fresquíssimos e de muita qualidade.

No bairro de Miraflores, em Lima, é uma passagem obrigatória para quem chega à capital e quer provar seus famosos ceviches, feitos em diversas versões, sempre muito suculentos.

Gastón Acurio conseguiu colocar a culinária de seu país no mapa-múndi. Levou os ceviches a um status semelhante ao do sushi, merece aplausos”, afirma o crítico e editor-executivo da Vejinha, Arnaldo Lorençato. @lamarcebicherialima.

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(Amar Lima/Divulgação)

Kjolle

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Restaurante oferece festival de cores e sabores (Camila Novoa/Divulgação)
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O encantamento do Kjolle está por todas as partes do restaurante. “Amplia o olhar a um horizonte que reúne saberes de diferentes origens e insumos de complexos e diferentes hábitats”, diz o texto do menu criado pela chef Pía León. Seus olhos azuis são verdadeiros faróis.

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(Camila Novoa/Divulgação)
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Pratos de destaque do menu do Kjolle (Camila Novoa/Divulgação)

Mais que um cardápio, trata-se de um pequeno catálogo de arte. O ambiente claro, com decoração clean e elementos da culinária, é repleto de referências para o conhecimento, com seus insumos e produtos.

O laboratório de cacau anexo e o Jardim Botânico, na entrada do restaurante (serve o Kjolle e o Central), completam a experiência. Ali são apresentados ervas e temperos que serão usados mais tarde em uma aula aromática. @kjollerest @mater.in.

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Menu do Kjolle: pratos são obras de arte (Camilla Novoa/Divulgação)
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Abaixo, a flor amarela que dá nome ao lugar (Reprodução/Reprodução)

Palacio Nazarenas

Chegar a Cusco é uma emoção. Situada a 3 400 metros acima do nível do mar, a capital do Império Inca é lindíssima, mas a viagem requer alguns cuidados, pois o organismo sente a altitude. Recomenda-se comer e beber pouco na véspera e no primeiro dia ali e movimentar-se com parcimônia. É comum sentir um pouco de falta de ar e médicos indicam o uso de diurético (consulte o seu).

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Ruela de Cusco: família com lhama (Alice Granato/Veja SP)
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Detalhe do tear (Alice Granato/Veja SP)

Passada a “climatização”, pode-se aproveitar a cidade que leva você a passear em outro tempo — é uma das cidades habitadas mais antigas das Américas. O Palacio Nazarenas é uma construção belíssima, com uma elegância natural e elementos peruanos.

Conta com suítes clássicas, uma piscina deliciosa e ainda o belo restaurante Mauka, sob o comando da chef Pía León, que explora ali a biodiversidade local das culturas indígenas, usando muitos grãos e sementes com método de ponta. @belmondpalacionazarenas.

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(Fran Parente/Divulgação)
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(Fran Parente/Divulgação)
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(Fran Parente/Divulgação)
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A chef Pía León no comando do Mauka, restaurante do hotel: biodiversidade local e métodos de ponta (Gabriel Tesseroll/Divulgação)

Central

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(Gustavo Vivanco/Divulgação)

Visitar o Central é uma grande experiência. Da chegada pelo Jardim Botânico à apresentação dos pratos, das bebidas, das louças e de todos os elementos que serão servidos, tudo é minucioso, delicado, repleto de expressão.

A papelaria que se recebe com o menu, toda artesanal e com texturas, assim como a elaboração dos pratos, o cuidado extremo com cada detalhe, explica a premiação de melhor do mundo, em 2023, pelo ranking 50 Best.

O chef Virgilio Martinez, membro da Mater (@mater.in), uma rede de conexão e conhecimento em parceria com a chef Pía León, está na vanguarda da gastronomia mundial ao servir não apenas comida no prato, mas também cultura, humanidade e reflexões sobre todo o processo. @centralrest.

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(Gustavo Vivanco/Divulgação)

Hotel B

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Hotel B: casarão repleto de obras de arte e chave Michelin (Hotel B/Divulgação)

Um dos mais charmosos pousos de Lima, o Hotel B fica em uma esquina de Barranco, bairro mais convidativo de Lima, e a uma quadra do mar. Membro do Relais & Châteaux, o B recebeu este mês uma chavinha do prestigiado Guia Michelin.

O hotel respira arte. Um casarão branco permeado de obras por todos os cantos, tem um concorrido rooftop e serve café da manhã e brunch memoráveis. Os quartos são muito aconchegantes e cheios de estilo. Sair andando pelos arredores é uma maravilha, a pé ou de bicicleta, aproveitando o bairro e seu movimento. @hotelblima.

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(Hotel B/Divulgação)

A redatora-chefe viajou a convite do Kjolle e do Belmond Palacio Nazarenas de Cusco.

Publicado em VEJA São Paulo de 24 de outubro de 2025, edição nº2967.

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