Ouça ‘Vício’, faixa da nova mixtape do rapper Rashid
Disco <em>Confundindo Sábios</em> será lançado nesta terça (24), com download gratuito e tarde de autógrafos na Galeria do Rock
O rapper paulistano Rashid, 25, lança mais um capítulo de sua história no rap nacional –a mixtape Confundindo Sábios, seu quarto registro em estúdio, chega às ruas nesta terça (24). No mesmo dia, os fãs poderão baixar o trabalho no site rashid.com.br, a partir das 14h, e comprar o CD físico das mãos do próprio artista em uma tarde de autógrafos na loja Beatz, no subsolo da Galeria do Rock, das 16h às 19h30.
Para participar da mixtape sucessora de Que Assim Seja (2012), Rashid convocou gente como Emicida, Di Melo, Daniel Cohen, Kamau, Tássia Reis, Godo e Rael para os vocais, Felipe Vassao, DJ Zala, DJ Caíque, Stereodubs, DJ Max, Skeeter e Coyote para a produção e Mr. Brown, seu DJ oficial, para os scracthes. Até agora, o público pode ter uma ideia do que vem por aí com o single Virando a Mesa, lançado em julho, cujo clipe tem participação do lutador de MMA Rony Jason e direção da Okent Filmes.
“Todo esse processo de lançar mixtapes e EP’s tem sido um “treinamento” para o álbum. Achar minha forma e minha música. Nesse momento, eu já penso que essa deve ser a última mix antes do álbum”, conta o rapper, que divulgou, com exclusividade, a faixa Vício para VEJASAOPAULO.COM. Com beat produzido por ele mesmo, a música tem o belo timbre da cantora paulista Tássia Reis no refrão. Ouça abaixo:
https://player.soundcloud.com/player.swf?url=http%3A%2F%2Fapi.soundcloud.com%2Ftracks%2F111988270
Leia abaixo também três perguntas para o rapper:
VEJASAOPAULO.COM – Qual a relação entre o garotinho da capa do disco, o título Confundindo Sábios e o momento atual de sua carreira?
Rashid – O menino da capa do disco representa a “desmarginalização”. Ele está tirando de si uma máscara que colocaram sobre ele, sem saber se ele era aquilo ou gostaria de ser aquilo. “Ele”, no caso, representa um povo. É a simbologia que encontramos para mostrar a máscara do preconceito e marginalidade que a sociedade impõe. Essa é a mensagem principal desse trabalho. E essa mensagem a gente pode levar para música, cultura, política, educação … Que seja um “start”.
Sei que você gosta muito de ler, ver filmes, crescer intelectualmente. Nesse período de criação da mixtape, o que você leu, viu e ouviu? Li e vi muita coisa, ouvi também. Fui atrás de várias fontes que pudessem acrescentar no meu modo de escrever os sons. Assisti ao documentário do Cartola (Música para os Olhos), vi o filme do Noel Rosa, li o livro Desde que o Samba é Samba, do Paulo Lins. Mas nem tudo tem a ver com música… Li sobre política, grafite, quadrinhos e por aí vai. Acho que tudo soma, na música ou na vida, uma hora vai somar.
Fale um pouco sobre a história da Vício, sem dúvida a mais sensual do disco, e como escolheu a Tássia Reis para participar da faixa. Fazia um tempo que eu queria escrever uma música romântica, que fosse mais lírica, mais poética, sem ir para o lado mais popular que costumo ir. Um belo dia eu estava tentando fazer uma batida e surgiu essa. Eu pensei: “É aqui!” Escrevi a música toda numa tarde, porque eu já estava com as ideias na mente fazia um tempo. O refrão, originalmente, tinha minha voz, mas a Tássia tinha acabado de lançar uma música (Meu Rapjazz) e eu achei que a música precisava desse lance suave da voz dela. Casou perfeitamente. Gosto muito dessa música e espero que geral goste tanto quanto eu.