Conheça o quarteirão das artes na Vila Madalena
Trecho de 200 metros na Rua Fradique Coutinho concentra quatro galerias, entre elas as tradicionais Fortes Vilaça e Millan
O quarteirão da Fradique Coutinho entre as ruas Purpurina e Wisard é candidato a ser o lugar com maior concentração de arte à venda por metro quadrado da cidade. Isso porque em uma distância de apenas 200 metros estão localizadas três galerias de arte, sendo duas das mais tradicionais de São Paulo, Fortes Vilaça e Millan. Um quarto estabelecimento tem inauguração programada para os próximos meses.
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O primeiro a chegar por ali foi Marcantônio Vilaça, que abriu, em 1992, a Camargo Vilaça. Após sua morte, em 2000, o espaço foi fechado. No ano seguinte, no mesmo local, foi aberta a Fortes Vilaça, liderada pela ex-cunhada de Marcantônio, Alessandra Vilaça, e por Marcia Fortes. A galeria não só herdou o sobrenome dos donos como a força do time que representa, formado por artistas como Beatriz Milhazes, Adriana Varejão e a dupla OSGEMEOS.
Na década de 90, em busca de imóveis mais acessíveis, a Galeria Millan deixou os Jardins com destino a Pinheiros e, em 2002, instalou-se no endereço atual (Rua Fradique Coutinho, 1360), onde são exibidos trabalhos de artistas do calibre de Henrique Oliveira. Recentemente, o proprietário André Millan alugou um galpão no mesmo quarteirão, cuja abertura oficial deve ocorrer até junho. Por enquanto, o espaço ainda em obras estará aberto entre os dias 3 e 12 de fevereiro, período em que Sofia Borges promove a exposição NO SOUND.
A novata Blau Projects, que ocupa o número 1464, juntou-se aos ilustres vizinhos há um ano e meio. Estar entre galerias consagradas fez toda a diferença, segundo afirma a proprietária Juliana Blau: “Como estou no meio do caminho entre a Fortes e a Millan, tem muita gente que vai ver exposição lá e acaba passando aqui”.
Para quem quiser curtir o quarteirão das artes, a partir de 10 de fevereiro, a Fortes Vilaça apresenta um filme da britânica Sarah Morris. Já a Galeria Millan exibe trabalhos do mineiro Afonso Tostes. Na Blau Projects, o público pode conferir uma coletiva de jovens artistas com curadoria de Galciani Neves.