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Para ver em casa: consultor político indica série da HBO e filme da Netflix

Lucas de Aragão é cientista político e sócio-diretor da consultoria Arko Advice

Por Lucas de Aragão
Atualizado em 24 ago 2018, 13h01 - Publicado em 24 ago 2018, 10h00

Criador de Barry, Alec Berg é o mesmo de Seinfeld, Silicon Valley e Curb Your Enthusiasm e o considero um dos melhores autores de séries. Em oito episódios, a trama mostra a história de um cara que não sabe se o que faz é o melhor para sua vida. Barry (Bill Hader) atua como matador e, por causa de um assassinato, vai parar num curso de teatro, em Los Angeles. Começa, então, a perceber que tem vontade de ser ator. Trata-se de um personagem muito profundo e com várias camadas. Ao mesmo tempo em que comete atrocidades, tenta se convencer de que é uma boa pessoa. Impossível não se deixar levar por esse drama humano, que tem um humor seco. Guardadas as devidas proporções, todo mundo, no dia a dia, comete erros e falhas e, por isso, se questiona. Barry é um exemplo perfeito de dark comedy – hilário e pesado, aborda temas existenciais e atuais, como o assédio sexual na indústria do cinema. De uma certa maneira, me lembrou o antagonismo de Breaking Bad, em que o protagonista flutua entre ser um pai de família e um traficante de drogas.

> Barry. A série é encontrada na HBO (pelo NOW) ou na HBO Go.

Por causa minha profissão, eu adoro filmes sobre política e grandes personalidades da área. Está no meu DNA e no dos brasileiros gostar de uma boa história sobre personagens reais. Pelo fato de o Brasil ter partidos políticos muito frágeis e não existir uma ideologia clara no país, a gente se apega muito a líderes. Brilhantemente bem realizado, Barry, que traz a história Barack Obama na juventude, tem um ótimo protagonista, interpretado por Devon Terrell. Talvez o roteiro peque pela perfeição — não por causa da atuação do ator e, sim, porque Obama ficou perfeito demais. Na construção do personagem, não é possível identificar nenhum erro nem falha de caráter. O Obama foi, depois de muito tempo, um presidente americano que encantou. Nem Clinton nem os Bush (pai e filho) conseguiram isso. O longa-metragem tem uma cena muito especial, que é a chegada de Obama na Columbia University, que traduz bem o que ele sofreu para chegar onde chegou. Mesmo para quem não gosta de cinebiografias, o filme poder ser visto como uma história de superação e muito humana.

> Barry. O filme está disponível na Netflix.

Lucas de Aragão é cientista político e sócio-diretor da consultoria Arko Advice

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