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Paola Carosella critica ‘frango 3D’ e é chamada de gordofóbica

"O futuro vai ter gosto de papelão molhado em cloroquina radioativa", falou a chef, que gerou discussão acalorada nas redes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 jul 2020, 12h20 - Publicado em 23 jul 2020, 12h18
Paola Carosella - Comer & Beber 2010-2011 - Arturito
A chef Paola Carosella (Ligia Skowronski/Veja SP)
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Paola Carosella levantou questões sobre alimentação no Twitter na última quarta-feira (22) que levaram a uma discussão acalorada com alguns de seus seguidores. Ela criticou o lançamento de uma comida “futurística” da rede de fast-food americana KFC, feito em impressora 3D, dizendo que o alimento terá gosto de “cloroquina radioativa” (referência ao medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro no tratamento da Covid-19). O comentário gerou debate entre veganos e defensores dos animais. Ela chegou a ser acusada de gordofobia. 

O KFC, em parceria com uma empresa russa, Bioprinting Solutions, criará “nuggets impressos”, tentando imitar sabor e aparência do original, mas sem usar nenhuma matéria-prima animal. Paola se mostrou indignada com o anúncio. “Olha que linda sua comida do futuro! Parabéns ao envolvidos! Continuemos assim, que o futuro vai ter gosto de papelão molhado em cloroquina radioativa”, escreveu.

Vários seguidores favoráveis às “carnes” feitas com produtos vegetais não gostaram da postura da jurada. “Não envolve sacrifício animal e pode ser benéfico ao meio ambiente, parabéns aos envolvidos, sim! Paola, eu super te admiro, mas por favor informe-se mais sobre o tema e tente reavaliar criticamente o seu posicionamento”, respondeu uma internauta.

Há quem concorde com Paola. A escritora Rosana Hermann se assustou com o conceito de “comida impressa”. “Vão vender como ‘comida caseira! Imprima você mesmo seu almoço 3D em sua casa!’ que horror”, disse na rede.

A partir daí a discussão ficou mais complexa. A chef argentina manteve seu ponto de vista e defendeu o consumo de alimentos “mais reais”.

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Por se referir a comidas que não nos “deixam obesos e hipertensos”, alguns seguidores acusaram a jurada de generalização. Para eles, ela disse que pessoas com sobrepeso sempre se alimentam de maneira errada, levantando discussões sobre gordofobia. Ela rebateu as acusações. “Eu tava falando do impacto na saúde causado pelo consumo de alimentos ultraprocessados”, afirmou.

Paola também compartilhou um tuíte de uma seguidora sobre greenwashing, estratégia de marketing que promove “ideias verdes e sustentáveis” mascaradas, mas que são apenas focadas em vendas.

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Nesta quinta (23), ela compartilhou em seu perfil o documentário “Muito Além do Peso”, que discute o consumo desenfreado de alimentos ultraprocessados.

 

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