Moto Perpétuo relança LP e se reúne 50 anos depois da estreia

Com shows na quarta (11) e na quinta (12), a banda paulistana que revelou Guilherme Arantes se apresenta em trio, com Cláudio Lucci e Gerson Tatini

Por Tomás Novaes
11 nov 2024, 08h00
O grupo completo
Gerson, Egídio, Diógenes, Guilherme e Cláudio: a banda Moto Perpétuo (Marcos Campacci/Veja SP)
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Era 11 de novembro de 1974 quando Guilherme Arantes, Cláudio Lucci, Egídio Conde, Diógenes Burani e Gerson Tatini subiam ao palco do Teatro 13 de Maio, no Bixiga, para o primeiro show da banda Moto Perpétuo.

Exatos cinquenta anos depois, o grupo paulistano de rock progressivo faz dois encontros inéditos naquele mesmo endereço, atual Café Piu Piu, nos dias 11 e 12.

Capa do álbum autointitulado Moto Perpétuo, de 1974
Capa de Moto Perpetuo, de 1974 (Reprodução/Veja SP)

Hoje um trio — Egídio faleceu em 2015, e Diógenes, em 2017 —, o grupo vai tocar músicas e contar histórias da sua curta trajetória, de 1973 a 1975, com somente um disco lançado.

Tudo começou com o encontro de Burani e Arantes, que depois conheceu Lucci na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. “Ele era falante, um personagem. Um dia o vi tocar piano, fiquei impressionado, e começamos a conversar sobre música”, relembra Lucci sobre Arantes. Diógenes, então, chamou Gerson e Egídio, músicos parceiros do conjunto Cilibrinas do Éden, de Rita Lee e Lúcia Turnbull. Estava formada a Moto Perpétuo.

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Cartaz show Moto Perpétuo
Cartaz show de lançamento do álbum, há 50 anos (Reprodução/Veja SP)

Abraçado por Moracy do Val, produtor dos Secos & Molhados, o conjunto lançou seu disco pela Continental. “O grupo acabou principalmente pela minha inadequação para o trabalho de banda”, explica Arantes. “Foi um pouco tenso depois do lançamento, porque fomos muito criticados pela imprensa”, acrescenta Lucci.

O grupo chegou a planejar um segundo LP. “Fizemos uma seleção das músicas e ensaiamos Meu Mundo e Nada Mais”, conta Gerson Tatini. A reação ao que viria a ser o primeiro hit de Arantes foi um momento decisivo. “A banda disse que era ‘muito comercial’. Meu sonho era a televisão, e a onda deles era outra na época”, recorda o músico, que seguiria dali por carreira solo.

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Cinco décadas depois, o que reúne o trio é a memória dos colegas que já partiram, a chama musical eternizada no álbum e a celebração da nova edição do vinil, pela Três Selos. “Foi a melhor coisa que fiz na vida, na música”, diz Tatini. “O Moto Perpétuo é tudo de mim, e o mais importante vai ser o que a gente vai chorar juntos. É uma história de garotos que tinham um ideal”, resume Arantes.

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