Localizado no bairro da Barra Funda, ao lado do terminal de ônibus, o Memorial da América Latina surgiu em 1989 com a missão de estreitar as relações culturais, políticas, econômicas e sociais do Brasil com os demais países da América Latina.
A pedido do antropólogo Darcy Ribeiro, o acervo do Memorial da América Latina foi selecionado pelo casal de fotógrafos e especialistas em arte popular Antônio Marcos Silva Jacques e Maureen Bisilliat e pelo arquiteto Antônio Marcos Silva, em 1988.
Este acervo conta com 4.000 peças de arte popular do Brasil, México, Peru, Equador, Guatemala, Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai.
+ Onde comer perto do Memorial da América Latina
+ Circo Zanni traz sua trupe para o Memorial da América Latina
São trajes típicos, máscaras, estandartes, instrumentos musicais, objetos de adorno e de uso cotidiano, entre outros. O arquiteto Oscar Niemeyer, que projetou o conjunto arquitetônico de 84 mil metros quadrados, indicou em quais locais os trabalhos deles deveriam ficar expostos.
A visita é válida em qualquer época do ano, mas há períodos em que o espaço recebe shows, mostras especiais e até peças de teatro. Vale ficar de olho na programação.
Confira quatro obras em destaque no acervo do Memorial da América Latina:
Mão
A escultura de Oscar Niemeyer tornou-se o símbolo do Memorial. Localizada na Praça Cívica, foi erguida em concreto aparente de 7 metros de altura. Na sua palma, há o mapa do subcontinente americano em baixo-relevo, pintado em esmalte sintético vermelho, lembrando sangue a escorrer.
Grande Flor Tropical
A escultura em metal de Franz Weissmann está também na Praça Cívica, ao lado da Galeria Marta Traba. A obra é composta de cinco elementos soldados entre si. Cada um é constituído de uma chapa de aço. Ela mede 7metros de altura por 6,5 metros nas extensões laterais.
Torso Negro
Escultura em bronze da artista carioca Vera Torres, nascida em 1962. Com 3 metros de altura, a obra está localizado na praça entre os prédios da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Auditório Simón Bolívar e Pavilhão da Criatividade. Suas formas voluptuosas remetem ao imaginário popular.
Painel Tiradentes
Uma das mais importantes pinturas de Candido Portinari é composta por três telas justapostas. Ela foi concluída pelo artista em 1949 e está exposta permanentemente no Salão de Atos Tiradentes. Ela foi comprada pelo Governo do Estado em 1975 e permaneceu no Salão Nobre do Palácio dos Bandeirantes até 1989, quando foi transferida para o Memorial, em sua inauguração.