Masp abre ‘Histórias da Sexualidade’ sob tensão
A entrada para menores de 18 anos, mesmo acompanhados dos pais ou responsáveis, será proibida
Vinte dias após os protestos contra a performance La Bête no MAM, as atenções do universo da arte em São Paulo se voltam para o Masp. A partir desta sexta (20) até 14 de fevereiro de 2018, a instituição exibe a mostra Histórias da Sexualidade, composta por 300 trabalhos que abordam temas como desejo, erotismo, corpo e gênero.
Figuram na seleção 130 artistas nacionais e internacionais como Pablo Picasso, Édouard Monet, Edgard Degas e Francis Bacon dividem espaço com Anita Malfatti, Flávio Carvalho, Leonilson, Jac Leirner, Adriana Varejão e Rivane Neuenschwander.
Após a polêmica no MAM, o museu está tomando diversas precauções – entre elas, a concessão de entrevistas apenas por e-mail. Curadora-adjunta de histórias do Masp e integrante da equipe que organizou a exposição, Lilia Schwarcz se manifestou sobre a importância do tema. “A sexualidade atravessa períodos, geografias e contextos”, diz Lilia.
A cautela inclui a classificação indicativa de idade: 18 anos. Menores não poderão conferir as obras nem acompanhados dos pais.
A mostra é um dos últimos capítulos do programa dedicado à investigação da sexualidade e gênero desenvolvido pelo museu desde 2015. O ciclo contou com as exposições: Quem tem medo de Teresinha Soares?, Wanda Pimentel: Envolvimentos, Toulouse-Lautrec em Vermelho, Miguel Rio Branco: Nada Levarei Quando Morrer, Tracey Moffatt: Montagens, Pedro Correia de Araújo: Erótica e Guerrilla Girls: gráfica, 1985-2017. A última exposição do projeto, Tunga: O Corpo em Obras, está prevista para dezembro.