Love Story será cabaré com shows, performances e suítes de motel
Após fechar as portas, a tradicional boate vira uma nova empreitada e será rebatizada como 'Love Cabaret'; a inauguração é prevista para outubro
![Projeto do ambiente interno da Love Cabaret](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Love-Cararet-DIVULGACAO-1.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A tradicional boate Love Story vai virar um cabaré, com suítes de motel e performances artísticas. Rebatizada de Love Cabaret, a empreitada comandada por Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott vai passar por uma reforma de três meses para a inauguração prevista para outubro.
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“Há seis anos tenho a vontade de repensar esse tipo de ambiente, que foi uma instituição importante nas décadas de 60 e 70, além de ter feito parte do movimento LGBTQIA+”, diz Facundo. “Mas depois esses lugares desapareceram.”
![Love Cararet (DIVULGAÇÃO) (2).jpg Projeto do ambiente interno da Love Cabaret](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Love-Cararet-DIVULGACAO-2.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Sem muitos espaços para se apresentar nos últimos anos, artistas independentes terão palco na nova casa noturna, segundo o empresário. “São pessoas que normalmente precisam ir para fora do país ou recorrer a raves underground. Queremos montar uma plataforma para todos conhecerem expressões com mágicas, drag queens e bondage (técnica de dominação com cordas)”, exemplifica.
“Olha que eu sou um homem vivido, mas já fizemos duas audições para as primeiras apresentações e vi coisas que dão vontade de chorar de tão lindas, como uma mulher de 70 anos fazendo pole dancing.”
![Love Cararet (DIVULGAÇÃO) (3).jpg Projeto do ambiente interno da Love Cabaret](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Love-Cararet-DIVULGACAO-3.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Nos andares superiores, cerca de trinta suítes da marca Lush vão funcionar 24 horas como uma espécie de motel anexo. “Fizemos uma pesquisa de mercado na Coreia do Sul e vimos muitos prédios verticais por lá, no modelo que queremos implantar”, diz Felipe Martinez, diretor da rede. “Os casais ainda serão nosso público, mas com a opção de diárias mais longas.”
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Além de investir 1 milhão de reais no projeto, os sócios da nova balada abriram espaço para interessados colocarem o próprio dinheiro por meio da startup chamado DiviHub — com cotas de 10 000 reais, vendidas por lotes, eles já arrecadaram 1 milhão. No total, os sócios esperam investir até 4 milhões, incluindo mais recursos próprios.
“Assim que divulguei a novidade, deixei claro que é um investimento de risco, mas não faria esse tipo de negócio se não acreditasse que será um sucesso”, ressalta Facundo. “Estou fazendo o lugar que gostaria de frequentar.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 6 de julho de 2022, edição nº 2796