Love Story será cabaré com shows, performances e suítes de motel
Após fechar as portas, a tradicional boate vira uma nova empreitada e será rebatizada como 'Love Cabaret'; a inauguração é prevista para outubro
A tradicional boate Love Story vai virar um cabaré, com suítes de motel e performances artísticas. Rebatizada de Love Cabaret, a empreitada comandada por Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott vai passar por uma reforma de três meses para a inauguração prevista para outubro.
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“Há seis anos tenho a vontade de repensar esse tipo de ambiente, que foi uma instituição importante nas décadas de 60 e 70, além de ter feito parte do movimento LGBTQIA+”, diz Facundo. “Mas depois esses lugares desapareceram.”
Sem muitos espaços para se apresentar nos últimos anos, artistas independentes terão palco na nova casa noturna, segundo o empresário. “São pessoas que normalmente precisam ir para fora do país ou recorrer a raves underground. Queremos montar uma plataforma para todos conhecerem expressões com mágicas, drag queens e bondage (técnica de dominação com cordas)”, exemplifica.
“Olha que eu sou um homem vivido, mas já fizemos duas audições para as primeiras apresentações e vi coisas que dão vontade de chorar de tão lindas, como uma mulher de 70 anos fazendo pole dancing.”
Nos andares superiores, cerca de trinta suítes da marca Lush vão funcionar 24 horas como uma espécie de motel anexo. “Fizemos uma pesquisa de mercado na Coreia do Sul e vimos muitos prédios verticais por lá, no modelo que queremos implantar”, diz Felipe Martinez, diretor da rede. “Os casais ainda serão nosso público, mas com a opção de diárias mais longas.”
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Além de investir 1 milhão de reais no projeto, os sócios da nova balada abriram espaço para interessados colocarem o próprio dinheiro por meio da startup chamado DiviHub — com cotas de 10 000 reais, vendidas por lotes, eles já arrecadaram 1 milhão. No total, os sócios esperam investir até 4 milhões, incluindo mais recursos próprios.
“Assim que divulguei a novidade, deixei claro que é um investimento de risco, mas não faria esse tipo de negócio se não acreditasse que será um sucesso”, ressalta Facundo. “Estou fazendo o lugar que gostaria de frequentar.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 6 de julho de 2022, edição nº 2796