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Rainhas da várzea: festival feminino de futebol amador reúne 1 000 jogadoras

Futebol de várzea praticado por mulheres ganha espaço em São Paulo na maior edição do evento, com oitenta times e apoio do Museu do Futebol e do Sesc

Por Tomás Novaes
Atualizado em 17 jul 2023, 13h13 - Publicado em 14 jul 2023, 06h00

Com oitenta times e mais de 1 000 jogadoras no futebol de campo, futsal e society, a terceira edição de O Maior Festival Feminino de Várzea do Mundo acontece neste domingo (16), no Parque Sete Campos, na Zona Sul.

Com oficinas de malabarismo, skate e pipa, além de bate-papo com a ex-jogadora Roseli e a narradora Vivi Falconi, a programação ganhou fôlego neste ano com o apoio inédito de instituições culturais, como o Sesc Santo Amaro e o Museu do Futebol.

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Maria Amorim e seu marido, Beto: fundadores do evento. (Cassimano/Divulgação)

“O festival é gratuito, com custo zero para todas as equipes e troféus entregues para todos os times, independentemente do resultado. A competição é o que menos importa: o foco é a ocupação da mulher nesse lugar”, conta Maria Amorim, fundadora do evento, além de jogadora do time Apache, treinado e criado pelo seu marido, Beto.

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“De praxe, a maioria das equipes femininas surge a partir de um time masculino”, explica ela, que, desde 2016, passou a rastrear times de mulheres na Grande São Paulo. No mesmo ano, fundou a Liga Feminina de Futebol Amador, que hoje soma mais de 100 equipes.

A primeira edição do festival aconteceu em 2019, no Campo de Marte. “Quando propusemos, ouvimos: ‘Mas tem time o bastante para ocupar tudo aqui?’. Poxa, nós podemos ocupar todos os campos do início ao fim do dia”, conta a historiadora Aira Bonfim, que, a partir daquele ano, passou a contribuir na produção do evento.

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Oitenta times e mais de mil jogadoras: maior edição do evento. (Cassimano/Divulgação)

Em 2022, ela coordenou uma pesquisa inédita que traçou mapa e perfil dos times femininos de várzea. “O dado que mais chamou atenção foi a predominância de homens como lideranças das equipes. E isso sugere a necessidade da formação de mulheres de referência nesses espaços, seja na gerência de times ou de campos”, comenta.

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“Hoje, o futebol feminino só joga depois dos homens, nos horários que eles não querem mais. É um lugar que não é nosso ainda”, completa Maria, que ressalta o avanço deste ano. “Conseguir fazer em um domingo, com o espaço todo nosso, é muito inovador. Essa edição está sendo mágica”, conclui.

Parque Sete Campos. Estrada do Alvarenga, s/nº, Cidade Ademar. Dom. (16), 8h/17h. Grátis. @ligafemininadefutebolamador

Publicado em VEJA São Paulo de 19 de julho de 2023, edição nº 2850

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