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Evandro Santo, o Christian Pior, leva soco de homem da plateia em show

Segundo o comediante, agressão foi ato de homofobia

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 14 fev 2020, 15h54 - Publicado em 19 out 2019, 14h02
Evandro Santo
Evandro Santo (Facebook/Reprodução)
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O humorista Evandro Santo, intérprete de personagens como Christian Pior, que trabalhou no programa Pânico por 11 anos, publicou duas fotos no Instagram, neste sábado, 19, para relatar que foi agredido por um integrante da plateia após um show de stand-up comedy na cidade de Marília, no interior de São Paulo. A equipe do artista confirmou o caso, que ocorreu na noite de sexta-feira, 18, e disse que vai processar o autor da agressão.

Na primeira publicação, Evandro conta que, durante a apresentação, convidou pessoas para subir ao palco e participar do ‘Tinder humano’. No decorrer da brincadeira, os participantes ganharam um selinho dele.

“Quando pedi um rapaz solteiro, na hora um rapaz chamado Pedro se prontificou a subir [no palco] para fazer o Tinder com outra moça, que sempre pode acabar em um ‘beijo’ ou ‘selinho’. Ele super aceitou bem, fez o Tinder, ganhou um selinho meu, deu risada, assim como a moça ganhou um [selinho] meu e deu risada. Saiu do palco de boa”, descreve o humorista.

Depois disso, Evandro afirma que pediu dez minutos de pausa e foi ao banheiro. Ao sair do cômodo, diz que foi surpreendido pela chegada do Pedro, “o mesmo que participou por vontade própria [do show]”. O artista relata que o rapaz deu um soco na boca dele e que não reagiu. “Tanto a boca quanto o nariz sangraram.”

 Lucas Alves, responsável pela assessoria e produção dos shows de Evandro Santo, acrescentou que o agressor chegou perto do humorista junto com o pai, que o teria incentivado a bater no artista.

“O rapaz que agrediu, não sei se estava alterado, deu um soco, depois ficou com ‘cara de tacho’. Ele saiu antes de qualquer repercussão. Tinha outro rapaz no banheiro que defendeu o Evandro. Começaram a falar que o pai trouxe o filho, que incentivou. Ele agrediu e saiu, simplesmente, para fugir, porque acredito que se ele tivesse ficado ia ‘colar’ algo ruim para ele”, contou Lucas.

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Evandro conta que depois do ocorrido, saiu “passado” do local e foi direto para o hotel. “Não apanho desde os 13 anos de idade, por qualquer motivo”, disse. Ele afirma que, ao acordar neste sábado, pensou em “deixar [o caso] pra lá e ir logo para casa”, mas decidiu ir à delegacia a fim de registrar um boletim de ocorrência por agressão e homofobia.

Lucas Alves informou que eles foram até o departamento policial em Marília nesta manhã, mas a delegacia “não prestou um auxílio legal, ia demorar em média quatro horas”. Porque tinham de voltar para a cidade de São Paulo, Evandro conversou com o advogado dele, que orientou a registrar a ocorrência na capital paulista. O produtor afirma que estão em contato com fãs e outras pessoas que estavam no show para obter informações sobre o agressor. “Vamos além da esfera criminal, vamos na civil também por homofobia.”

Ao terminar a primeira publicação, Evandro fez alguns questionamentos. “Por que o cara não me bateu no palco? Por que esperou eu ir no banheiro e estar sozinho? Deve ser algum poderoso da cidade? Pode ser. Mas sou figura pública e isso poderia acontecer com qualquer amigo meu da comédia. Gente, quem não curte comédia ou humor, não frequente shows.”

Em uma segunda foto publicada na rede social, o humorista disse que conseguiu algumas informações a respeito do rapaz que o agrediu. “Fiquei sabendo agora que ele acabou de sair de uma clínica de reabilitação. Isto não é desculpa. Conheço um monte de dependentes ou ex-dependentes que não agridem ninguém. Cabia, então, a alguém da família cuidar do moço, não deixar ele subir no palco ou participar devido a sua suposta saúde mental. Alguém vai responder sobre este crime real”, afirmou.

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“Vou até o fim com todos os processos possíveis”, prosseguiu Evandro. “Em nome do respeito ao próximo, à não violência do próximo e à anti-homofobia. Vou agora na delegacia e vou atrás dos meus direitos. Enfim, vida que segue”, concluiu.

LEIA OS RELATOS DE EVANDRO SANTO:

+ OUÇA O PODCAST Cozinha do Lorençato: “As pessoas não têm mais tempo de cozinhar porque ficam muito nas redes sociais”

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