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Jornalista do SBT se revolta com agressão a cinegrafista e faz desabafo ao vivo

"Você quer porrada? Vem aqui tentar me dar porrada na porta do SBT", protestou Isabele Benito depois que colega levou socos de agente penitenciário

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h27 - Publicado em 6 out 2020, 12h39
 (reprodução/SBT/Veja SP)
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Na última sexta-feira (2), um cinegrafista freelancer que trabalhava para o SBT foi agredido por um agente penitenciário no Rio de Janeiro. O homem estava fazendo uma reportagem no presídio Ary Franco quando dois agentes penitenciários o abordaram agressivamente.

O cinegrafista estava registrando imagens da saída de um preso que foi detido por engano. No entanto, dois agentes do presídio caminharam em sua direção e exigiram que fosse parada a gravação. “Te quebro na porrada aqui. Já falei pra não gravar essa m*****”, disse um deles, que também o agrediu fisicamente.

Isabele Benito, apresentadora do “SBT Rio” que transmitiu a matéria em que ocorre a agressão, ficou indignada com a situação. “Você quer porrada? Meu nome é Isabele Benito. Vem aqui tentar me dar porrada na porta do SBT. Eu saio todos os dias às 13h30. Vem aqui pra gente resolver isso”, protestou a apresentadora. “Vem aqui! Porque falar que vai dar porrada na cara de um menino negro que está com uma câmera na mão porque você não achou que ele fosse repórter do SBT, prestando serviço pro SBT, é fácil! Vem aqui dar na cara de quem é conhecida”. 

Isabele reconhece que a situação também é um caso de racismo. “O vídeo me revoltou. Me fez muito mal. É um retrato do que as pessoas negras passam neste país”, contou em entrevista ao UOL. Ela ainda ressaltou que o cinegrafista é uma pessoa humilde, querido por todos na emissora. 

A apresentadora não vê o desabafo como uma explosão e diz ter pensado em cada palavra. “Quem me conhece sabe, muitas vezes eu sou explosiva. Mas nesse caso eu pensei bem e o que eu vou falar aqui é com coragem. Não é com braveza”.  E ela diz que não chamou o agente penitenciário para a “porrada” literalmente. “É uma figura de linguagem. Um desabafo diante de tudo que a gente vê, da covardia”.

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A Secretaria de Administração Penitenciária disse que repudia qualquer tipo de violência e que vai enviar as informação para a corregedoria do órgão para apuração.

Veja na íntegra a matéria que ocorre a agressão e o desabafo de Isabela.

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