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Garotos talentosos chamam atenção no musical ‘Billy Elliot’

Entre 10 e 14 anos, os meninos se revezam para dar vida ao personagem principal e ao seu melhor amigo, Michael

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 22 mar 2019, 06h00 - Publicado em 22 mar 2019, 06h00

Um filme do britânico Stephen Daldry emocionou o público em 2000 ao mostrar a intolerância no universo infantil. O menino Billy, de 11 anos, enfrenta a resistência do pai em nome da vocação para a dança. Transformada em musical, dirigido por John Stefaniuk, a história ocupa o Teatro Alfa e, depois de audições com 350 candidatos, revela o talento de seis garotos. Pedro Sousa, Richard Marques e Tiago Fernandes representam o personagem-título em sessões alternadas. Felipe Costa, Paulo Gomes e Tavinho Canalle se revezam no papel de Michael, o amigo do protagonista.

O mais velho deles, Richard, de 14, frequentou por três anos as aulas da Escola de Dança do Teatro Municipal. Ele acordava às 4h40 para tomar ônibus no bairro da Pedreira e chegar ao centro antes das 7h30. “Nunca foi problema, porque meu negócio é a dança”, afirma o rapazinho, que participou por dois anos consecutivos do Balé Quebra-Nozes. O primeiro amigo de Richard nos bastidores de Billy Elliot foi Tiago, de 12, que aprendeu a cantar e tocar violão, bateria e piano numa igreja evangélica. “Ganhei uma bolsa na academia perto da minha casa, fiz um mês de jazz e vi que minha praia é o clássico”, conta. “Sonho juntar dinheiro e montar uma escola de dança.”

Por causa do musical, o carioca Pedro, de 10, mudou para São Paulo com a mãe. “Vou ficar aqui para sempre”, garante ele, que, incentivado pela professora de jazz, descobriu o balé aos 7 anos. “Achava que era coisa de menina, mas meu pai me deu força e fez com que eu enxergasse o preconceito”, conta. Felipe, de 10, também desconhece a resistência familiar. A mãe, uma bailarina, levou o filho ao teatro desde cedo. “Eu aprendi a ler pensando em ser ator”, afirma ele. “Só entendi a importância do canto e da dança ao ser reprovado nos testes do musical Peter Pan.”

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Paulo, de 13, tomou gosto pela arte ao imitar os cantores Beyoncé, Ariana Grande e Justin Timberlake diante da TV. Hip-hop, jazz e balé estão na sua rotina desde os 7 anos. Ele sonha alto e quer viver nos Estados Unidos. “Vou fazer cinema e musicais na Broad way”, diz. O mais comunicativo é Tavinho. O garoto, de 11 anos, mora em Salto de Pirapora e mobilizou os amigos em prol de Billy Elliot. Vários deles contribuem para a gasolina de uma vizinha que percorre 127 quilômetros diários para trazê-lo a São Paulo. “O meu irmão, que sempre foi machista, um dia chorou de emoção vendo o Tavinho dançar, e hoje dá lição de moral em quem solta qualquer preconceito contra os bailarinos”, declara a professora Raquel Canalle, a tal vizinha, que emprestou o sobrenome para a assinatura artística de Tavinho.

Os meninos se revezam em dois personagens

(Alexandre Battibugli/Veja SP)

Pedro Sousa (Billy)

Ele tem 10 anos, é carioca e está na 5ª série. Filho de um patologista e uma funcionária pública, mora no bairro de Jacarepaguá e apareceu em produções da Rede Globo.

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(Alexandre Battibugli/Veja SP)

Richard Marques (Billy)

Com 14 anos, é o mais velho do elenco. O paulistano mora no bairro da Pedreira, na divisa com Diadema, e cursa o 1º ano do ensino médio.

(Alexandre Battibugli/Veja SP)

Tiago Fernandes (Billy)

Aos 12 anos, o paulistano vive no Jardim Santo Antônio e cursa a 7ª série. Além de dançar e cantar, toca violão, bateria e piano.

(Alexandre Battibugli/Veja SP)

Felipe Costa (Michael)

Nascido no Rio, o menino, de 10 anos, foi criado em Vinhedo (SP), onde mora com os pais. Está na 5ª série e estuda teatro desde os 5.

(Alexandre Battibugli/Veja SP)

Paulo Gomes (Michael)

O paulistano do Jabaquara tem 13 anos, cursa a 8ª série e começou a dançar aos 7. Participou de comerciais, eventos e um clipe da cantora Lexa.

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(Alexandre Battibugli/Veja SP)

Tavinho Canalle (Michael)

O garoto, de 11 anos, vive em Salto de Pirapora. Cursa a 6ª série, toca sax e flauta e sua história na dança passa por jazz, sapateado e contemporâneo.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 27 de março de 2019, edição nº 2627.

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