Bienal anuncia o curador da próxima edição
O espanhol Gabriel Pérez-Barreiro será responsável pela mostra marcada para setembro de 2018
O espanhol Gabriel Pérez-Barreiro foi anunciado nesta quinta (26) como o curador da 33ª Bienal de São Paulo, marcada para setembro de 2018. Atualmente, ele é diretor e curador-chefe da Coleção Patricia Phelps de Cisneros, um dos maiores acervos do mundo de arte latino-americana, com sedes em Nova York e Caracas. No Brasil, ele foi curador-chefe da 6ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, em 2007, e já fez curadorias de mostras de artistas nacionais.
O espanhol irá trabalhar ao lado de João Carlos Figueiredo Ferraz, anunciado no começo do ano como o diretor da Fundação Bienal. Criador também do Instituto Figueiredo Ferraz – instituição em Ribeirão Preto que apresenta sua coleção particular – o diretor diz que sua maior preocupação com a curadoria é “manter o foco na arte”.
Segundo ele, a última bienal foi temática: ele se refere ao foco em áreas como cosmologia e ecologia: “Para o que Jochen Volz se propôs, deu muito certo”, diz. “Porém, eu imagino em fazermos algo mais poético”, conta o diretor.
Entenda o papel de um curador da Bienal
Mais do que uma exposição, uma Bienal serve para reunir o que há de mais novo no mundo das artes. O curador não deve apenas selecionar obras que já existem – como é o costume na maioria dos museus – mas garimpar artistas que tenham uma produção experimental que vá de encontro com questões atuais da sociedade e de outras áreas do conhecimento. Normalmente, ele se muda para São Paulo um ano antes do início da exposição e pode convidar outras pessoas como curadores-assistentes.