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“Um Olhar sobre o Brasil” perpassa 170 anos de Brasil

Inspirada mostra de fotografia no Instituto Tomie Ohtake reúne 400 obras

Por Jonas Lopes
Atualizado em 5 dez 2016, 16h34 - Publicado em 30 nov 2012, 15h15
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  • Surgida na primeira metade do século XIX,a fotografia possui o intuito primordial de eternizar o presente e, em consequência, transformá-lo em documentação do passado quando apreendida sob a perspectiva do futuro. Daí o particular sucesso de Um Olhar sobre o Brasil, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake. A espetacular mostra, organizada pelo professor e fotógrafo Boris Kossoy, com curadoria adjunta da antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz, perpassa 170 anos da história do Brasil — de 1833 a 2003 — por meio de 400 obras.

    Textos explicativos didáticos e inteligentes norteiam a montagem cronológica, dividida nos núcleos política, sociedade, paisagem e cultura e artes. Consta ainda um espaço reservado para equipamentos como câmeras, lentes e daguerreótipos.

    Dos trabalhos mais antigos, impressiona o amplo acervo dedicado ao período prérepublicano. Dom Pedro II e a família imperial surgem em vários retratos, formaise informais. Na mesma época, Marc Ferrez volta-se para temas regressivos (a escravidão) e progressivos (o luxo da Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro).

    O desenvolvimento urbano, marcado pela arquitetura de Oscar Niemeyer, por exemplo, evolui ao mesmo tempo na geração de Geraldo de Barros, Thomaz Farkas e German Lorca, atentos à abstração geométrica. A exposição dedica-se tambéma personagens fundamentais (os modernistasde 1922, Villa-Lobos, Assis Chateaubriand, Candido Portinari) e, claro, aos principais acontecimentos políticos do país. Estão lá a Revolução de 1932, o Estado Novo, o regime militar e a luta pela volta da democracia.

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    Em meio a tanto material, duas imagens sobressaem por captar a eterna relação de atraso e progresso: Claude Lévi-Strauss flagra um bonde e um punhado de bois dividindo uma rua paulistana em 1937, e Tuca Vieira, num registro famoso e recente, revela o contraste gritante entre um condomínio do Morumbi e a favela de Paraisópolis.

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