‘Amores Roubados’ e as degustações às cegas
Para quem não entendeu o título do post: Amores Roubados é a nova minissérie da Globo, que estreou ontem. Um dos personagens principais é o sommelier Leandro Dantas, interpretado por Cauã Reymond, que trabalha em uma vinícola no sertão nordestino. Como não tenho a pretensão de fazer crítica televisiva, queria apenas chegar à cena exibida no […]
Para quem não entendeu o título do post: Amores Roubados é a nova minissérie da Globo, que estreou ontem. Um dos personagens principais é o sommelier Leandro Dantas, interpretado por Cauã Reymond, que trabalha em uma vinícola no sertão nordestino.
Como não tenho a pretensão de fazer crítica televisiva, queria apenas chegar à cena exibida no primeiro capítulo, onde Leandro conduz uma degustação às cegas. Mesmo que a cena traga certo exagero com os personagens à mesa vendados (isto não é necessário), degustações às cegas são comuns na vida de um enófilo e pode se transformar num jogo interessante. Basicamente, se trata de provar um vinho sem saber exatamente qual o rótulo. Existem várias formas de fazê-las, mas o objetivo básico é o mesmo, degustar o vinho livre de preconceitos.
A forma mais simples de uma prova de vinhos às cegas ocorre quando os rótulos são conhecidos e em seguida as garrafas são cobertas e servidas em ordem aleatória. Em um formato mais complicado (muitos chamam de duplamente às cegas), sequer os rótulos são apresentados. Neste caso, ao menos uma pessoa com um pouco mais de experiência é fundamental para direcionar o debate para se chegar a um consenso sobre quais foram os vinhos provados. Entre as duas formas, existem uma série de informações que se pode mencionar: faixa de preço, país ou região, safras e etc.
Para deixar as coisas mais interessantes e didáticas você pode começar organizando degustações às cegas temáticas, como Cabernet Sauvignon da América do Sul, Chardonnay do Novo e do Velho Mundo, espumantes da Serra Gaúcha… Os temas são infinitos. Reúna um grupo de amigos, peça para cada um levar uma garrafa dentro do tema (mesmo que um rótulo se repita pode ser legal, existe a máxima que diz: “Não existem grandes vinhos, apenas grandes garrafas”). Embora existam capas específicas para cobrir garrafas, sempre acabo recorrendo a boa e velha folha de alumínio. Lembre de numerar as garrafas aleatoriamente e, pronto, está montada sua degustação às cegas.
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