Tudo estava sob controle, até que você não seu aguentou e devorou três fatias de pizza, com uma Coca-Cola (que não era zero, obviamente). Ai que culpa! E sabe de quem? Dos neurônios. Não, não é invenção minha. A revista Nature acaba de publicar um estudo fresquinho com essa revelação.
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Simplificando, a coisa acontece assim: todas as vezes que há uma baixa de energia porque você está de dieta e, portando, comendo menos, uma turma de neurônios (os chamados AGRP, na sigla em inglês) fica atiçada. E faz aquilo que parecia ser uma vontade inofensiva se tornar uma fome incontrolável. Daí, você fura a dieta e ainda pega bode dela. Quem nunca?
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Claro que tem todo um mecanismo científico e com nomes técnicos pra qualificar o estudo feito por pesquisadores do Instituto Médico Howard Hughes, dos Estados Unidos. Mas, na prática, isso acontece porque o cérebro não entende a menor ingestão de alimentos durante o regime, turbinando ainda mais a ação dos AGRP. E liberando um neurotransmissor chamado peptídeo agouti.
Óbvio que a turma do AGRP, mesmo que enlouquecida, não vai empurrar comida goela abaixo, criatura. Mas, segundo os pesquisadores, esses neurônios nos dão pistas sensoriais indicando que há comida no pedaço, instigando os sentidos da fome.
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Para fazer o estudo, os pesquisadores fizeram testes em camundongos, monitorando a atividade cerebral dos bichinhos. A oscilação mudava quando o AGRP era ativado ou desativado. Um fato bem curioso colhido do estudo: a fome pode provocar sensações desagradáveis e bem negativas. Então, é perfeitamente natural o nosso mau humor quando estamos de dieta.
Um beijo, até mais.
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