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São Paulo na rota dos globe-trotters

Minha alma cigana e sagitariana me levou pelo mundo durante sete anos, entre 2005 e 2011, quando tive o privilégio de poder chamar de casa cidades como Lisboa, em Portugal, Valência, na Espanha, e Aix-en-Provence, no sul da França. A razão para mudar de base na Europa nunca foi muito objetiva. Sempre que amava um lugar, […]

Por Júlia Gouveia
Atualizado em 27 fev 2017, 11h56 - Publicado em 26 out 2012, 20h37
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  • Oi, eu sou a Rachel e esta é a minha alma ciganando pelos campos da Provence no ano passado: orgulho de chamar de casa (ainda que por um tempo limitado). Bem-vindos ao blog!

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    Minha alma cigana e sagitariana me levou pelo mundo durante sete anos, entre 2005 e 2011, quando tive o privilégio de poder chamar de casa cidades como Lisboa, em Portugal, Valência, na Espanha, e Aix-en-Provence, no sul da França. A razão para mudar de base na Europa nunca foi muito objetiva. Sempre que amava um lugar, prometia um dia voltar de mala e cuia. E cumpri a promessa sempre que foi possível (inclusive armazenando todos os meus pertences em um guarda-móveis, certa vez, para embarcar em uma volta ao mundo que durou exatos 365 dias – mas isso é assunto para posts futuros).

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    Durante todo este tempo que passei fora, nada me dava mais alegria do que morar em uma cidade amada por turistas do mundo inteiro. Bastava ver alguém com um brilho nos olhos, uma expressão de “uau!” e um mapa na mão para que eu ganhasse o dia pensando “hum, daqui a pouco você vai embora, eu não…” Um misto de egoísmo, eu sei, mas de muito orgulho. Era, de todo modo, um sentimento bom, que jamais esperava sentir na minha volta ao Brasil. Não que não mereçamos “uaus”, mas porque nos acostumamos com o que temos nas mãos. E estou sentindo isso justamente em São Paulo.

    Não sei se mudou apenas o meu olhar, mas mudou também a cidade. Os turistas estão cada vez mais frequentes. E nem falo dos que viajam a negócios, público que a cidade sempre atraiu. Mas daqueles que aparecem por aqui para saber mais da nossa história, visitar museus, cair na balada, fazer compras. Primeiro percebi esta invasão no metrô. E depois fui confirmando em bares, atrações, novos negócios.

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    A chilena Natalia (à frente) e a amiga Marta, no Hostel Alice: fãs das novas opções na cidade

    Recentemente, VEJA SP fez uma matéria falando da nova onda dos hostels-butique na cidade (leia aqui). Ela surgiu justamente na esteira de cidades como Lisboa, Berlim ou Amsterdã, onde os albergues-design já provaram, há alguns anos, que quartos coletivos caindo aos pedaços e banheiros vergonhosos eram definitivamente coisa do passado. “Eu antes costumava me hospedar em hotéis básicos, de três estrelas, até descobrir como os albergues estão realmente bons”, diz a chilena Natalia Osorio Castro, de 32 anos, hóspede do Hostel Alice, na Vila Madalena. “Além de pagar menos, você tem a oportunidade de fazer amigos e se divertir.” Ali a diária custa a partir de 45 reais por pessoa, com direito a um farto café da manhã.

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    As “laranjinhas” do Bike Sampa: como em Barcelona ou Paris

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    Além dos hostels, São Paulo vem ganhando serviços que grandes cidades do mundo já apresentam como cartão de visitas há tempos. A exemplo de metrópoles como Barcelona e Paris, agora também temos as bicicletas que podem ser emprestadas gratuitamente, disponíveis em 52 diferentes pontos diferentes da capital (13 novos desde a última quinta-feira, dia 25), uma parceria entre a prefeitura e o Itaú. Para participar do projeto Bike Sampa, basta preencher um cadastro e retirar as “laranjinhas”, geralmente perto das estações de metrô. Quem entrega em um outro ponto em até meia hora não paga nada. Quem precisa usar por mais tempo consecutivo paga 5 reais a cada meia hora extra.

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    Rafael Bacarat e sua trupe num walking tour pelo Centro, sempre em inglês: inspiração nos mochilões pela Europa

    Não paramos por aí. Importamos também ideias que vão de baladas itinerantes a tours gratuitos. A Pub Crawl é um encontro que acontece toda semana, ora na Vila Madalena, ora na região da Augusta. Depois que o grupo (de maioria gringa) se reúne, começa uma saga de bar em bar até terminar em uma balada mais animada. O conceito nasceu na Inglaterra no século 19. Por fim, as caminhadas pelas atrações históricas do Centro nasceram pelas mãos de Rafael Bacarat de Freitas, de 26 anos, depois de dois mochilões pela Europa. Ao chegar do último, ele inaugurou a SP Free Walking Tour – todo sábado ele guia grupos por percursos de 4 horas que passam por atrações que vão da Sé ao Pátio do Colégio. “Depois de fazer isso em cidades como Londres, Praga, Munique, Roma, Budapeste, Dublin e dezenas de outras, percebi que não conhecia nada da minha cidade”, diz ele. “Como ninguém oferecia passeios por aqui, achei uma ótima oportunidade.” O que é para ser free se converte em doações (muitas vezes polpudas) por parte de turistas que se empolgam com o serviço. Vale dizer que as gorjetas são totalmente opcionais.

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    Fico feliz de ver cada vez mais gente se encantando com São Paulo, que não nasceu com uma vocação exatamente turística. Mas como tudo é uma questão de olhar, aqui fica um convite para sentir mais orgulho da cidade que escolhemos (ou não…) para morar. Tem gente nova vindo e se divertindo. Já não é motivo suficiente?

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