Restart: “Sempre nos sentimos muito mais amados do que odiados”
A banda paulistana conversou com a Vejinha sobre sua turnê de despedida, que estreia neste sábado (7) em São Paulo
“É um momento muito gostoso para ser da Restart”, diz Pe Lu, 32. Ao lado de Thomas, 32, Koba, 31, e Pe Lanza, 31, o quarteto que alcançou sucesso nacional há mais de dez anos com suas roupas coloridas percorrerá o país nos próximos meses com uma última turnê.
A aguardada estreia do show Pra Você Lembrar acontece neste sábado (7) e domingo (8), no Espaço Unimed, na capital paulista, a cidade natal dos quatro. “Somos da fronteira da Zona Sul com a Zona Oeste, região do Morumbi e da Vila Sônia. A gente saía dali para tocar no Centro, na Augusta… Cada canto dessa cidade tem um pouco da nossa história”, relembra Pe Lanza, vocalista e baixista.
Todo o projeto de reencontro foi pensado ao longo do último ano em parceria com a agência de marketing Mynd e conta com datas em dez cidades, até o momento: São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Brasília, Belém, Salvador e Recife. “Estamos preparando um verdadeiro espetáculo. Muitas pessoas ainda perguntam se é mesmo uma despedida e, realmente, não pretendemos continuar”, afirma Pe Lu, vocalista e guitarrista.
Sobre novos lançamentos e uma retomada fonográfica da banda, eles deixam as expectativas baixas. “Pode ser que aconteça, mas o nosso foco mesmo está na turnê e em trazer o repertório que todo mundo gostaria de ouvir para um universo atual”, diz Koba, vocalista e guitarrista.
Mesmo sem novos planos à vista, o grupo conta que os oito anos longe da convivência profissional reacendeu a amizade que os uniu, ainda na escola, e levou à criação da banda em 2008. “É o melhor momento da nossa relação. Fomos para o Rio de Janeiro no mês passado, e foi a primeira vez em muitos anos que conseguimos pegar uma praia juntos. Essa volta tem sido, acima de tudo, divertida e gostosa”, conta Koba.
A ideia central da turnê pode ser resumida em uma palavra: nostalgia. “Isso sempre esteve na nossa cabeça, desde a escolha do repertório até a nossa comunicação nas redes. É a busca por esse lugar legal que a Restart representou na vida das pessoas”, explica Pe Lu. “Nossos fãs amadureceram, foram para a faculdade, começaram a trabalhar, é tudo muito diferente, mas o carinho é o mesmo”, complementa Thomas, baterista.
Parece mesmo que, com o passar dos anos, o que perdurou foi o amor dos fãs, e não o ódio dos haters. “Acho que as pessoas fizeram as pazes com a Restart. A banda foi, por um tempo, algo cultural, por conta das roupas, isso tudo extrapolou a música. É natural que gere uma ressaca, de quem não gosta, e isso depois vire uma apreciação — que normalmente vem quando o artista morre, mas estamos vivendo isso sem precisar morrer (risos)”, brinca Pe Lu.
“O que temos sentido é uma redenção desse ‘ódio’, entre muitas aspas, porque sempre nos sentimos muito mais amados do que odiados”, conclui.
Ainda há ingressos disponíveis para o show de domingo (8). 16 anos. Espaço Unimed. Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, ☎ 3868-5860. ♿ Sáb. (7), 22h30; Dom. (8), 20h30. R$ 336,00 a R$ 624,00. espaçounimed.com.br.