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Lollapalooza Brasil 2023: erros e acertos do festival

Confira os pontos positivos e negativos da décima edição do evento em São Paulo

Por Tomás Novaes, Mattheus Goto
27 mar 2023, 19h46
Imagem mostra multidão no Lollapalooza 2023
Lollapalooza Brasil: evento no Autódromo de Interlagos (Flashbang/Divulgação)
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O Lollapalooza Brasil 2023 chegou ao fim no domingo (26), após três dias intensos de shows no Autódromo de Interlagos.

+ VÍDEO: Primeiro dia do Lollapalooza 2023 tem caos na saída

A décima edição do evento, que é organizado há nove anos pela T4F — Time for Fun, foi marcada por cancelamentos de artistas  e denúncias de violações de direitos trabalhistas, mas também por recorde de público. Confira um balanço do que vimos no festival.

 

FOI BEM

> As estações de água gratuita. Estavam bem localizadas e, apesar de filas grandes nos shows mais lotados, a dinâmica de torneiras foi bem pensada.

> Apesar dos cancelamentos, o line-up teve vários artistas que nunca tinham vindo ao Brasil, como Billie Eilish, Lil Nas X e Kali Uchis.

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> Alguns shows tiveram estruturas diferentes, por demanda dos artistas, como a passarela no primeiro dia, para a americana Billie, e o telão no terceiro dia, para o canadense Drake, ambos no Palco Budweiser.

> O Palco Perry, de música eletrônica, ganhou um telão ao fundo, o que facilitou a visualização da atração (um problema no ano passado).

> O show da sensação pop Rosalía, no domingo (26). Um dos destaques foram os visuais, desde o cenário, passando pelo balé contemporâneo até a superprodução de câmeras, com direito a transmissão ao vivo feita por sua própria equipe. Sem banda, a artista trouxe novos arranjos (diferentes da apresentação em agosto do ano passado) e entregou vocais potentes.

> O show do rapper Baco Exu do Blues, no domingo (26), com uma banda de primeira qualidade e três cantoras de tirar o fôlego: Aísha, Alma Thomas e Mirella Costa.

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> O show da americana Billie Eilish que, com somente dois músicos a acompanhando e muitas músicas lentas, cativou o público recorde do festival.

 

FOI MAL

> O cancelamento do show do Drake em cima da hora.

> A iluminação do autódromo segue sendo um dos piores pontos do festival. Quando escurecia, o trajeto entre o Palco Budweiser e o Palco Chevrolet era muito mal iluminado — era necessário tomar cuidado com buracos/desníveis no gramado.

> A falta de seguranças ou funcionários que ajudassem ou guiassem a multidão nas mudanças de palco. Na saída da apresentação da norte-americana Billie Eilish, na sexta-feira (24), a reportagem viu muitas pessoas cortando caminho por cima de uma barreira de pneus, sem nenhum direcionamento da organização do evento.

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> O tumulto na saída do festival na sexta-feira (24). No trajeto até a Estação Autódromo da Linha 9-Esmeralda, centenas de pessoas ficaram horas na Rua Plínio Schdmit esperando a liberação para entrar na plataforma. Na edição de 2022 do evento, que acontece desde 2014 no mesmo lugar, a saída foi muito menos tumultuada.

> O volume baixo do som nos palcos Chevrolet e Adidas foi uma reclamação do público. E o Palco Adidas, em um terreno irregular, torna a visualização difícil.

> A disposição dos artistas em cada uma das datas poderia ter ajustes. No show da norte-americana Kali Uchis na sexta-feira (24), no Palco Budweiser, o público não ficou tão animado, pois muitos fãs que estavam na grade esperavam pela headliner da noite, Billie Eilish. Seria mais conveniente colocar Conan Gray no lugar da Kali, por ter um público mais parecido com o da Billie.

> O intervalo de 5 minutos entre apresentações de artistas em palcos diferentes foi curto para o deslocamento do público. E alguns shows começaram e terminaram antes do horário marcado na programação.

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