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neverland1 — Michael Jackson com Jimmy Safechuck (Divulgação/Veja SP)

A brilhante carreira de Michael Jackson marcou gerações e entrou para a história da música pop. São muitos hits que, até hoje, escuto – e vou continuar escutando. Mas confesso que fiquei com náusea ao ver o documentário Deixando Neverland.

Acho que todo mundo lembra quando o cantor foi duplamente acusado de abusar sexualmente de garotos – com um, foi feito um acordo milionário; com outro, MJ foi inocentado por falta de provas.

Deixando Neverland não traz provas concretas, mas os depoimentos de outros dois rapazes, que dizem ter tido relações sexuais com Michael na infância, mancham seriamente a reputação do astro. Embora longo (quatro horas de duração) e com alguns tropeços de narrativa (as histórias dos dois são contadas alternadamente), o registro traz à tona a trajetória do americano Jimmy Safechuck e do australiano Wade Robson. O primeiro confessa ter sido abusado a partir dos dez anos de idade; o segundo, revela ter sido seduzido aos 7 e mantido um relacionamento amoroso/sexual com Michael até os 14.

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Além disso, as coincidências entre as duas histórias (a forma de abordagem de MJ e os presentes que ele dava aos garotos, por exemplo) e as preferências sexuais do compositor fazem parte da riqueza de detalhes e dá, sim, para confiar nas vítimas. Difícil não ficar boquiaberto e chocado com as atitudes do predador em pele de cordeirinho.

Dividido em dois capítulos, Deixando Neverland pode ser visto na HBO GO e ganha mais exibições no canal HBO. Anote! Parte 1: sábado (23), 15h30; segunda (25), 16h15, e sábado (30), 17h40. Parte 2: sábado (23), 17h30; terça (26), 16h20, e domingo (31), 16h30. Haverá mais apresentações em abril.

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