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Nada Ortodoxa, da Netflix, é dica da Vejinha para a quarentena

Confira a opinião da editora Mônica Santos, que escolheu a série sobre uma jovem que foge da comunidade judaica de Nova York

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 abr 2020, 11h23 - Publicado em 9 abr 2020, 11h21
Nada Ortodoxa, série da Netflix, em quatro episódios  (Divulgação/Divulgação)
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Como comentei na semana passada, estou convidando meus colegas de redação da VEJA SÃO PAULO para sugerir algo para você ver durante a quarentena. E a dica desta semana é da editora Mônica Santos, que escolher a série Nada Ortodoxa, da Netflix. Segue abaixo a avaliação dela, com quatro estrelas.

“Nada Ortodoxa é uma série curtinha, com apenas quatro episódios, que dá para assistir em pouco mais de três horas. Miúda, com traços delicados, mas gigante na capacidade de envolver e conduzir o espectador pelo drama de sua personagem, a atriz israelense Shira Haas interpreta Esther Shapiro. Ela é uma garota judia de 19 anos, recém-casada, que decide fugir do marido e da comunidade ultraortodoxa de Williamsburg, no bairro do Brooklyn, em Nova York. Seu destino é Berlim, onde desembarca com a roupa do corpo e alguns trocados.

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A narrativa é baseada no livro Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots, de Deborah Feldman, também corroteirista da minissérie. Assim como a protagonista, Deborah vivia em uma comunidade judaica hassídica fundada por sobreviventes do Holocausto. A história se desenrola em duas frentes: no presente, acompanha-se a descoberta de Esther em uma Berlim colorida, esfuziante, musical e tolerante. E também a trajetória do marido (Amit Rahav) à sua procura.

Nos flashbacks, descobre-se que a moça foi criada longe da mãe, em meio aos costumes religiosos e num casamento arranjado. Um dos grandes méritos de Nada Ortodoxa é mostrar, com riqueza de detalhes, os valores e a cultura da comunidade judaica, tanto que boa parte dos diálogos é falada em iídiche. Yakov, o companheiro de Esther, revela-se igualmente vítima de um sistema rígido e repleto de obrigações. Ela, por sua vez, ao romper as fronteiras, segue rumo a uma jornada de esperança, que fica ainda mais deliciosa de embarcar nesses tempos tão sombrios”.

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