Na segunda (18), uma liminar do juiz Renato Borsanelli obrigou a Bradesco Seguros a arcar com o tratamento de Tancrède Bouveret, de 14 anos, que luta contra uma leucemia grave. Segundo a empresa, o pedido da família foi negado inicialmente porque o remédio não é regulado pelos órgãos brasileiros. Ao saber da recusa no dia 14, o pai do garoto, Luc Bouveret, terapeuta holístico de famosos, quebrou a TV e outros itens do escritório da companhia no Hospital Albert Einstein, onde Tancrède está internado. Luc fala sobre o caso:
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Qual sua visão sobre o argumento do convênio?
O remédio (de 150 000 reais) foi receitado pelo hematologista Nelson Hamerschlak, que atende Tancrède há anos. É ele que sabe do caso do meu filho, não o plano de saúde.
Por que quebrou o posto?
Não perdi a cabeça. Foi uma consciente resposta ao descaso. Pedi licença à equipe e às enfermeiras do hospital, que sempre proporcionarm um atendimento impecável, e comecei a jogar televisão, computadores e telefones no chão. Não me arrependo. Além de não querer custear esse tratamento do meu filho, a gerente do plano também “enrolava” para dar um atestado dessa negativa. Com esse documento, seria mais fácil entrar na Justiça. No fim, não usamos essa prova ao entrar com o pedido de liminar na sexta (15).
Qual a reação de Tancrède?
Ele me apoiou e se preocupou com as pessoas que também têm sua terapia negada pelos planos, mas não possuem dinheiro para entrar na Justiça.
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