Terraço Paulistano | VEJA SÃO PAULO

Até o fim deste mês o empresário Sérgio Benassi, 66, deverá se reunir com a equipe da Secretaria de Desestatização, em Brasília. Ele vai discutir o impasse no programa da transferência da Ceagesp, na Vila Leopoldina. Em março do ano passado, o então secretário adjunto de Agricultura e Abastecimento, Rubens Rizek, apresentou quatro propostas, uma delas de Benassi, e disse que anunciaria a vencedora em quatro meses. Até agora, nada. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o projeto atualmente está sob análise da nova gestão.

Benassi pretende criar o Novo Entreposto de São Paulo (Nesp), em uma área de 4 milhões de metros quadrados, em Perus, comprada por 450 milhões de reais. “É um sonho de décadas, afinal a Ceagesp está praticamente abandonada pelo poder público”, afirma. A empresa que leva o sobrenome de sua família foi uma das primeiras a ocupar o endereço na Zona Oeste, em 1966. “Começamos pequenos, oferecendo a produção de frutas do nosso sítio em Jundiaí, e hoje o grupo fatura 1,5 bilhão de reais por ano com artigos do mundo todo”, diz o empresário, que deverá incrementar o cofre de seu empreendimento em 10% caso o Nesp seja o escolhido.

Curiosidade: Sérgio Benassi é homônimo de um político de Campinas filiado ao PCdoB e já teve problemas com isso. “Nos anos 80, por pouco não passei apuros com a ditadura quando me confundiram com ele”, lembra.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 27 de março de 2019, edição nº 2627.