A cantora Preta Gil, vez por outra, tira da manga a personalidade de atriz. Ela sobe ao palco do Theatro Net, na quarta (11) e na quinta (12), com Mais Preta que Nunca, definido como um standup comedy. A artista conta histórias pessoais, bem-humoradas ou comoventes, e intercala canções, ao lado de uma banda totalmente feminina, algo inédito em sua carreira. “Senti uma forte vontade de estar cercada de mulheres, não importava se fossem negras, brancas, gordas ou magras. é um momento de praticar a sororidade”, afirma Preta, que, como atriz, participou da novela global Agora É que São Elas (2003) e da peça Um Homem Chamado Lee (2006). Entre as canções escolhidas, Drão, do pai, Gilberto Gil, é a mais emocionante. “No espetáculo, ela ilustra um dos momentos mais sofridos da minha família, a perda do meu irmão Pedro (em um acidente de carro, aos 19 anos), em 1990, a maior separação da nossa vida, tanto que é difícil cantá-la”, declara.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 11 de setembro de 2019, edição nº 2651.
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