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Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.
Love Story passa por reformas e terá elementos de fetiche e pompoarismo
Com direito a motel e decoração temática, nova Love Cabaret tem projeto assinado pelos arquitetos Fabio Mota e Mauricio Arruda
Um cabaré com suítes de motel e performances de dominação, hipnose e sadomasoquismo. Assim será a futura Love Story, rebatizada de Love Cabaret pelos empresários Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott, que comandam a novidade prevista para outubro deste ano. Em processo de reformas, o projeto é assinado pelo escritório Todos Arquitetura, de Fabio Mota e Mauricio Arruda, e terá elementos que remetem ao universo fetichista e até à prática de pompoarismo.
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“É grande a nossa responsabilidade, pois vamos transformar ‘A Casa de Todas as Casas’, como ficou conhecida a Love Story, em ‘A Casa de todos os Corpos'”, comenta Facundo. Para dar vida ao novo espaço, a casa noturna terá programação com profissionais independentes de várias expressões artísticas. A proposta conta com a pesquisa de uma historiadora e uma antropóloga convidadas pelo empresário.
+ Love Story será cabaré com shows, performances e suítes de motel
“São pessoas que normalmente precisam ir para fora do país ou recorrer a raves underground. Queremos montar uma plataforma para todos conhecerem expressões com mágicas, drag queens e bondage (técnica de dominação com cordas).”
“Nosso intuito foi criar um espaço contemporâneo para alavancar as manifestações artísticas, tirando essas pessoas do underground e trazendo-as para o mainstream”, complementa Fábio Mota. “Um espaço de experiência em que convidamos o espectador a se libertar de qualquer amarra.”
A partir da proposta de uma nova atmosfera sem apagar a memória do icônico endereço, os arquitetos prometem dar novo significado ao desejo, substituindo os tons de preto e vermelho originais – que deram à Love Story a cara de “inferninho” – por cores que representam a diversidade em uma paleta mais jovem e sem gêneros, repleta de diamantes.
O local terá capacidade para 250 pessoas, que se acomodarão em mesas espalhadas pela antiga pista de dança e em arquibancadas nas laterais para dar foco ao palco-arena, onde vão acontecer as apresentações e performances.
Na entrada, o hall com os clássicos espelhos será preservado e as paredes vão ganhar lâmpadas tubulares iridescentes. “As linhas sinuosas presentes no salão principal evocam a sensualidade e vão ao encontro da arquitetura original”, descreve Rogério Gurgel, diretor criativo da Todos Arquitetura. “O bar segue as linhas arredondadas, enquanto o desenho das formas do pavão existente no piso foi realçado com cores que remetem ao animal.”
Nos banheiros, o fetiche também será exaltado por meio de formas arredondadas. “Evocamos a técnica de pompoarismo no layout”, conta Rogério.
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Outra novidade será o motel anexo criado pela marca Lush. Com cerca de trinta suítes, o local ficará aberto 24 horas. “Fizemos uma pesquisa de mercado na Coreia do Sul e vimos muitos prédios verticais por lá, no modelo que queremos implantar”, diz Felipe Martinez, diretor da rede.
O palco-arena receberá cinco espetáculos por noite, acompanhados por um MC que comandará os intervalos. Serão cerca de dez categorias diferentes, com performances circenses, de BDSM e até com cordas – tudo sem programação prévia, para garantir a surpresa de cada noite. “Quero que as pessoas se sintam satisfeitas e preenchidas por descobrir novas possibilidades de prazer e movimentos culturais diferentes”, completa Facundo.
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