Paulistana fabrica cerâmicas com inspiração oriental em ateliê nos Jardins
Incursões por países como Dinamarca e Japão inspiraram Lilian Malta a largar as carreiras de bióloga e advogada para se tornar artista
Após trilhar as carreiras de bióloga e advogada, Lilian Malta, 51, decidiu largar tudo e trabalhar em casa. Nos fundos da residência nos Jardins, um ateliê moderno abriga as peças de cerâmica que aprendeu a produzir após anos de cursos e incursões em países como Dinamarca, Itália e Japão.
“Tenho uma curiosidade pela natureza, mas a advocacia foi uma escolha feita por pressão social”, reflete.
No lugar de criações produzidas sem espaço para erros, a paulistana decidiu incorporar pequenas rachaduras como parte natural das suas peças, muitas delas finalizadas com toques de ouro onde normalmente estariam os “defeitos”.
“Essa ideia tem muito da filosofia japonesa wabi-sabi, que ensina como acolher a imperfeição e reconhecer a beleza e importância dela na nossa vida, algo que até então eu não sabia praticar.”
Nesse processo de autodescoberta, Lilian já fisgou clientes como a influenciadora Camila Coutinho e acaba de lançar o próprio site com as primeiras coleções de tigelas, vasos e utensílios, todos à venda por valores que vão de 400 a 2 500 reais, a depender do material e tempo de fabricação. “Mas nesses quase oito anos criativos, já deixei bastante coisa pronta.”
Publicado em VEJA São Paulo de 24 de novembro de 2023, edição nº 2869