Pela linguagem da dança, Deborah Colker explora temas como fé e preconceito no espetáculo Cura, que estreia em São Paulo, no Teatro Sérgio Cardoso, a partir do dia 13 de maio. O trabalho faz parte da experiência vivida ao lado de um dos netos, diagnosticado com uma doença genética.
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“Mas não é só sobre isso. Parte de mim sempre viveu indignada com a maneira como o mundo trata as minorias e os excluídos, então fiz pesquisas para entender as perspectivas de alguém surdo, cego ou imóvel. Como traduzir e dançar a imobilidade?”, pondera. “Nesse espetáculo, entrei em contato com outras dimensões de cura, além da física, quando também temos de lidar e aceitar uma condição.”
Com trilha sonora de Carlinhos Brown, a montagem inclui canções em hebraico e em dialetos africanos. “Até então, para mim o Carlinhos era só o cara de Timbalada”, brinca. “Nossa parceria foi um processo de generosidade, pois, enquanto ele criava as músicas, eu muitas vezes precisava adaptar certos movimentos de acordo com esses sons.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 27 de abril de 2022, edição nº 2786