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Dona de ONG para crianças no Capão Redondo já foi chamada de comunista

Fundadora da Casa do Zezinho sonha em ter o próprio bairro e lutou contra preconceito por trabalho social: "Fui chamada de 'sociedade alternativa'"

Por Humberto Abdo
Atualizado em 18 jun 2021, 15h13 - Publicado em 18 jun 2021, 06h00
Tia Dag sorri sem olhar para a câmera. Cabelos grisalhos estão presos em um coque. Ela veste uma camiseta azul-marinho com logotipo da ONG Casa do Zezinho.
Tia Dag, fundadora da ONG Casa do Zezinho. (Acervo Casa do Zezinho/Divulgação)
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Dagmar Rivieri sonha em ter um bairro. Criadora da Casa do Zezinho, Tia Dag, 67, como é chamada, comanda a rotina da ONG no Capão Redondo há mais de vinte anos. “Quero que essa casa vire um bairro com teatro, cinema, massagem, ioga, tudo o que tem de bom”, resume.

Nascida em Santo Amaro, Tia Dag se formou em pedagogia e diz nunca ter exercido a profissão, apesar dos trabalhos sociais com crianças e adolescentes que mantém desde os 14 anos. “Nunca consegui trabalhar em escola nenhuma, não aceitava a direção, ainda mais na época da ditadura”, relembra. “Comecei a dar aulas para filhos de refugiados políticos e passei a levá-los para minha casa, que ficou cheia. Eles já vinham com muita história, fugidos do Chile, da Argentina e até do muro de Berlim. Parecia a ONU.”

Segundo ela, a mistura de culturas deu início à sua metodologia, baseada na diversidade de competências. “Fui chamada de doida, sem juízo, ‘sociedade alternativa’ e comunista.” Com apoio de moradores e empresas, a instituição viu diminuir as doações após os primeiros meses de pandemia. A Microsoft, por exemplo, fez uma doação de mais de 5 000 cestas para a campanha, que espera conseguir 20 000 ainda este ano. “As empresas parceiras não podem parar de doar, as benditas cestas básicas ainda são nosso maior desafio.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 23 de junho de 2021, edição nº 2743

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