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“Deixou um rastro de dor”, diz paulistana que apurou casos de João de Deus

Camila Appel, roteirista do Conversa com Bial, foi peça-chave na investigação de abuso sexual contra o médium, ouviu relato de vítimas e fez série pra TV

Por Humberto Abdo
17 jul 2020, 06h00

Redatora do programa Conversa com Bial, a paulistana Camila Appel, 39, é a figura principal nas apurações das denúncias de abuso sexual envolvendo João de Deus, condenado a mais de sessenta anos de prisão. Após iniciar uma pesquisa sobre o médium, em 2018, o primeiro relato de uma das vítimas a conduziu para outros casos — entre eles o de uma mulher que guardava um diário com a descrição dos crimes. “Era algo bem sabido, mas elas tinham medo de retaliação espiritual, pois acreditavam que ele tinha tanto o poder de curar como o de fazer o mal.”

O médium João de Deus durante uma cirurgia espiritual no centro espírita Casa Dom Inácio de Loyola. (Mario Rodrigues/Reprodução)

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Formada em administração e em antropologia, Camila viu-se envolvida na averiguação por mais de um ano, e os cursos contribuíram. “A administração me ajudou a pensar de forma mais ampla, e a antropologia é uma investigação sobre como certas culturas se estabelecem.” Ela também contou com o apoio de Pedro Bial ao lidar com as fontes. “As entrevistas são um convite a reviver o trauma, então tentei respeitar o tempo e o silêncio delas.” O resultado do trabalho está na série Em Nome de Deus, dividida em seis episódios, na Globoplay. “Fui tomada por esse assunto, mas tive a preocupação de como elas ficariam com essa exposição”, diz Camila, filha da dramaturga Leilah Assumpção. Em uma das cenas, as vítimas se reúnem pela primeira vez em uma roda de conversa. “Elas não sabiam quem estaria no encontro. A descoberta delas seria a de quem está assistindo à série”, explica. “O que mais me chocou foi ver as pessoas que chegaram a falar e não foram ouvidas pela Justiça. Ele era um homem influente e por onde passou deixou um rastro de dor.”

Roda de conversa:
encontro de vítimas (Maurício Fidalgo/Globo/Reprodução)

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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 22 de julho de 2020, edição nº 2696.

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