Além de três filmes prontos para estrear nos cinemas, Cleo, 41, também investe na carreira de cantora. Seu primeiro álbum, Dark Pop, ganhou “capítulo final” com o lançamento do clipe de Seu Fim, encenado ao lado de Johnny Hooker, 36. Pela primeira vez, eles se apresentam juntos neste sábado (27) na Casa Natura.
“A música e esse álbum todo falam sobre meu caminho percorrido dentro de relações tóxicas, até o fim, quando entendo tudo e resolvo me libertar”, explica Cléo, que ao longo do ano ainda planeja lançar vários singles do seu próximo disco.
“Amo um refrão que faz todo mundo cantar junto de olhinho fechado”, delicia-se Johnny ao descrever sua vocação para o pop e a sofrência. Mesmo com o joelho que “começou a reclamar”, ele se prepara para pular na maratona de fevereiro após o esquenta ao lado de Cléo. “Sou arrastado de uma cidade para outra e nem sei o que acontece”, brinca.
No fim do ano, ele teve um show cancelado em Roraima após um antigo vídeo virar alvo de críticas por políticos e evangélicos locais.
“Resgataram uma fala minha de 2020 contra a transfobia e fizeram pressão com o prefeito da cidade. Não vou mentir, acho a reação institucional fraca e me decepcionei. Não é um governo que defende a cultura e a diversidade?”, questiona. “Poderiam ao menos fazer uma nota dizendo ‘isso aqui que aconteceu é vedado pela Constituição’. Por essas questões, não me sinto seguro no Brasil e não acho que seja seguro para artistas com trabalhos com posicionamentos políticos e artistas LGBTQIA+.”
Publicado em VEJA São Paulo de 26 de janeiro de 2024, edição nº 2877
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