Artista que vendeu quadro por 100 mil euros prepara mostra inédita
Com pigmentos feitos a partir de pedras preciosas, Nikko Kali se reveza entre ateliês de São Paulo e Paris
Convidado a expor no próximo Salão do Móvel de Milão, Nikko Kali, 66, se reveza entre São Paulo e Paris, onde mantém seus ateliês. Usando uma técnica de pigmentos feitos com pedras preciosas, ele leva cerca de três a quatro meses para completar uma única obra.
“O resultado traz luminosidade e relevo. sempre me perguntam por que não uso tinta a óleo, muito mais fácil. E realmente é, mas o que me atrai é o processo artesanal”, diz.
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Com criações a partir de 35 000 euros, seu trabalho de maior destaque foi um quadro vendido por 100 000 euros, segundo ele.
“Hoje ele está em Singapura, mas foi uma encomenda bem específica feita para cobrir a parede de uma cobertura”, conta.
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Além de uma exposição anual realizada no oeste da França, ele prepara uma mostra individual com quarenta obras na Praia Grande, prevista para o segundo semestre.
“Gosto muito do abstrato e de utilizar o lápis-lazúli. E a minha matéria-prima encontro no Brasil mesmo, onde consigo praticamente todas as cores do arco-íris.”
Publicado em VEJA São Paulo de 29 de março de 2024, edição nº 2886