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Por Arnaldo Cheixas
Terapeuta analítico-comportamental e mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Cheixas propõe usar a psicologia na abordagem de temas relevantes sobre a vida na metrópole.
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“Eu sou a lâmpida e as muié é as mariposa.”

É comum ouvir de meus pacientes homens relatos de que são desejados por muitas mulheres. Não sabem como administrar a alta procura que recebem delas. Isso acontece também com mulheres mas, considerando o contexto de nossa cultura machista, isso é mais comum com homens. Depois de ouvir muitos e muitos relatos parecidos, percebo que esses […]

Por VEJASP
Atualizado em 26 fev 2017, 21h13 - Publicado em 12 ago 2014, 17h06

garanhao_homem

É comum ouvir de meus pacientes homens relatos de que são desejados por muitas mulheres. Não sabem como administrar a alta procura que recebem delas. Isso acontece também com mulheres mas, considerando o contexto de nossa cultura machista, isso é mais comum com homens.

Depois de ouvir muitos e muitos relatos parecidos, percebo que esses homens têm a impressão de que são especiais, de que possuem algo excepcionalmente atraente para as mulheres. Essa percepção está bastante relacionada com uma espécie de carência afetiva e, principalmente, com uma dificuldade em lidar com a autoestima. A insegurança faz com a pessoa busque formas de atestar seu valor. Isso não está restrito apenas aos vínculos afetivos, mas sempre tem como ponto central a interação com outras pessoas. Realizar um feito admirável, executar com maestria uma atividade ou ser desejado afetivamente ou sexualmente são formas de obter reconhecimento, de modo a ter seu valor atestado. Claro que todos precisamos do reconhecimento uns dos outros para aquilo que fazemos, mas isso deve ter uma dimensão adequada para que não se torne algo patológico.

Talvez o aspecto mais doloroso para quem mantém esta postura seja habituar-se a manter relações superficiais para aproveitar essa alta procura e acabar percebendo muito tardiamente que gostaria, na verdade, de ter vivido vínculos mais profundos. Se passar muito tempo, a dor posterior acaba sendo maior.

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Outro aspecto marcante para quem desenvolve este padrão é passar a ser visto pelos outros como alguém que se esforça para ser reconhecido e nada mais. Quando é no campo do relacionamento que se busca esse tipo de reconhecimento, o que se vê é um desgaste da figura do  sujeito que assim se comporta.

Então, quando se começa a perceber que a situação está se tornando como como a da “lâmpida” acesa diante das “mariposa”, é hora de mudar o jeito de agir. O desafio é interagir de forma autêntica e aprender a lidar com as próprias limitações.

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