Novo nome de Centro LGBT homenageia hétero e provoca polêmica
Local foi batizado de Luiz Carlos Ruas, em referência ao ambulante que defendeu uma travesti e perdeu a vida, em dezembro de 2016
Inaugurado em 2015, o Centro de Cidadania LGBT do Arouche é uma das cinco casas que prestam assistência às vítimas de violência homofóbica ou em situação de vulnerabilidade social. Na última terça-feira (17), no entanto, o novo nome da unidade causou polêmica entre pessoas LGBT.
Ao mudar-se para um espaço maior, o local foi batizado com o nome de Luiz Carlos Ruas, ambulante que defendeu uma travesti da violência na estação Dom Pedro II do metrô e perdeu a vida durante a briga, em dezembro de 2016.
Enquanto parte dos frequentadores do Centro elogiaram a atitude da prefeitura, anunciada ainda durante a gestão de Fernando Haddad, outros questionaram o fato de dar ao local de acolhimento LGBT o nome de um homem heterossexual.
Fundador da Casa 1 a ativista LGBT, Iran Giusti criticou a decisão em sua rede social, afirmando que “ajudar uma pessoa que está sendo espancada evitando que ela morra é o mínimo que a gente pode fazer como ser humano”.
Além do novo nome, o Centro de Cidadania LGBT do Arouche passa a funcionar em um espaço maior – 500 metros quadrados. De acordo com a prefeitura, a mudança “ocorreu para que houvesse mais espaço para a realização de atividades e mais privacidade para as pessoas que frequentam o local”.