Tudo sobre o encontro do poliamor: mais de 150 “trisais” e simpatizantes marcam piquenique no Parque Ibirapuera
O evento foi postado no Facebook na terça (5) e três dias depois já reunia mais de 160 confirmados. Em 23 de janeiro, um sábado, a partir das 11h, no portão 10 do Parque Ibirapuera, haverá um encontro de adeptos e simpatizantes do poliamor. Esse conceito de relacionamento é formado por três (raramente quatro ou […]
O evento foi postado no Facebook na terça (5) e três dias depois já reunia mais de 160 confirmados. Em 23 de janeiro, um sábado, a partir das 11h, no portão 10 do Parque Ibirapuera, haverá um encontro de adeptos e simpatizantes do poliamor. Esse conceito de relacionamento é formado por três (raramente quatro ou mais) pessoas que vivem um vínculo amoroso estável. Eles formam um “trisal” ou “quadrisal”, como chamam esse plural de casal.
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“Ao contrário do que muitos preconceituosos acham, não é ‘bagunça’, mas uma forma de amar”, explica a terapeuta holística Rigléia Moura, uma das organizadoras do encontro. Ela vai promover palestras, discussões em grupo, além de sorteios de brindes, como óleos de massagens.
À noite, o pessoal planeja uma esticadinha na NossaCasa Confraria das Ideias, na Vila Madalena. “Será um evento sério. Os curiosos ou quem acha que é suingue, certamente ficarão decepcionados”, diz a organizadora.
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Não há estimativas oficiais sobre o número de pessoas que vive esse tipo de união em São Paulo. No Facebook, há um grupo fechado com quase 11 000 pessoas de todo o país. “Conheço dezenas de trisais na cidade. Eles dividem o mesmo teto, vão ao cinema, ao supermercado, enfim, fazem programas como um casal tradicional”, diz Rigléia.
Divorciada, Rigléia simpatiza com a causa e já estimulou casais a abrirem espaço para uma terceira pessoa. “Certa vez, atendi um homem que amava sua esposa, mas havia se apaixonado por um amigo e gostaria de incluí-lo na relação. Na terapia, a mulher revelou que sentia o mesmo desejo. Em 2016, os três completam vinte anos juntos.”
Apesar do engajamento, Rigléia é divorciada e não sabe se teria coragem de assumir um relacionamento nesses moldes. “Tenho dois filhos adolescentes e um deles é bem conservador, jamais admitiria. Eu mesma não sei se teria coragem ou sofreria crises de ciúme. Como a maioria de nós, tive uma educação monogâmica, daquelas bem tradicionais. Mas quem sabe um dia?”
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