Mulheres ocupam 80% dos postos de trabalho do setor moteleiro da cidade
Entre as 15 000 pessoas que trabalham nos 300 motéis na cidade, uma turma de 12 000 mulheres domina 80% dos postos de trabalho. Elas ocupam posições de liderança nas áreas administrativas, além de recepcionistas, camareiras, cozinheiras e arrumadeiras. + Polêmica: “Disney Erótica” é vetada por vereadores de São Pedro; idealizador garante que projeto segue “As […]
Entre as 15 000 pessoas que trabalham nos 300 motéis na cidade, uma turma de 12 000 mulheres domina 80% dos postos de trabalho. Elas ocupam posições de liderança nas áreas administrativas, além de recepcionistas, camareiras, cozinheiras e arrumadeiras.
“As mulheres costumam ser mais receptivas no trato com o cliente, além de serem dedicadas e caprichosas na conservação do ambiente e preparação de cardápios. Sem elas, todos os esforços do setor seriam prejudicados”, declara Eusébio Ribeirinha, presidente da Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), que divulgou essa pesquisa na quarta (2).
No Brasil todo, são quase 180 000 mulheres, que atualmente ocupam 80% das vagas de trabalho em um setor que emprega quase 230 000 funcionários diretos. Para se ter uma ideia da importância e força desse mercado, no país existem aproximadamente 5 000 motéis, que movimentam 4 bilhões de reais por ano.
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A previsão para 2015 era de crescer 20% em faturamento, mas houve uma queda média de 10%, por conta da economia instável. De toda forma, no ano passado a ABMotéis estima que o setor hospedou em todo o país cerca de 90 milhões de pessoas.
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“Os motéis de todo o país vêm passando por um processo de mudanças, seguindo os mesmos moldes oferecidos no setor hoteleiro”, diz Ribeirinha. A crise no país é encarada como um período gerador de oportunidades. Por causa do aumento de preços no entretenimento (restaurantes, bares, cinema, entre outros), esses “hotéis do prazer” agora oferecem uma opção mais completa. Tem de tudo: jantares assinados por chefs renomados, combos com passeios de helicóptero e afins… Segundo o setor, chega a representar uma economia de 50%, ao considerar os elementos que compõem uma noite para um casal.
Os empresários do ramo acreditam na recuperação em longo prazo.”Com a ajuda das mulheres, o principal desafio de 2016 para a categoria será equilibrar o aumento de custos que chegou a 25%, principalmente com energia elétrica, repassando o menor custo possível para os hóspedes”, diz Ribeirinha.