São Paulo nas Alturas Por Raul Juste Lores Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura
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Esmero e cautela: o planejamento do Edifício Casa Branca

Com vista para o Parque Trianon, o prédio é marca do trabalho do arquiteto Guido Gregorini e do incorporador Arão Sahm

Por Raul Juste Lores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 Maio 2020, 17h29 - Publicado em 22 Maio 2020, 06h00
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  • Os anúncios do Edifício Casa Branca justificam a suave curvatura e o esperto recuo lateral. “Todos os apartamentos 100% face norte, descortinando exuberantes áreas verdes.” Não era apenas a praça verde no térreo — o prédio se espichava para garantir a vista do Parque Trianon, na quadra de cima. Logo em frente, o baixinho Colégio Dante Alighieri também não ameaçaria a vista futura das unidades.

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    (Raul Juste Lores/Veja SP)

    A inteligência do projeto único (e não uma cópia genérica, ignorando o terreno em que se situa) era a marca do trabalho do arquiteto Guido Gregorini e do incorporador Arão Sahm. Gregorini, também artista plástico, fez o vibrante grafismo na empena e na entrada do edifício com pastilhas azuis, cinza e amarelas.

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    (Raul Juste Lores/Veja SP)

    Aquele ano de 1963, quando o primeiro edifício deles na Alameda Casa Branca ficou pronto (outros dois viriam a seguir), foi bastante especial para a vitoriosa carreira empresarial de Sahm. Alguns dos protagonistas do mercado imobiliário estavam quebrados ou sofrendo com a inadimplência enquanto a inflação do governo João Goulart chegava a 93%, a maior da história então (e não havia correção monetária). Do Copan ao Edifício Itália, era comum ver obras se arrastando por anos, com compradores recorrendo à Justiça. Mesmo investindo em qualidade, o cauteloso Sahm foi se reinventando. Começou a lançar, no máximo, um residencial por ano. E partiu para criar a pioneira Estância Parque Atibaia, um loteamento projetado por Gregorini, pelo arquiteto Jorge Wilheim (que já tinha trabalhado para Sahm) e pela paisagista Rosa Kliass. Na década seguinte, criaria a rede de hotéis Eldorado, com os primeiros flats da cidade. O engenheiro morreu aos 73 anos, em 1986.

    Vegetação exuberante dentro do condomínio e na vista para o Trianon: a vantagem de ter um projeto pensado para aquele terreno (Raul Juste Lores/Veja SP)

    Publicado em VEJA SÃO PAULO de 27 de maio de 2020, edição nº 2688.

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