Casa que é joia do brutalismo implora por algum uso
Antiga residência-escritório do arquiteto Hans Broos é uma ponte entre Morumbi e Paraisópolis
Uma joia do brutalismo implora por algum uso. A casa-escritório do arquiteto de origem alemã Hans Broos, no Morumbi, encontra-se vazia desde a morte dele, em 2011. Os jardins (que dominam os 2 500 metros quadrados do terreno) e os painéis de concreto do bar e da lareira são obra do amigo Burle Marx. Gay, sem herdeiros, Broos sonhava que a casa abrigasse uma escola de urbanismo.
Graças a abnegados pesquisadores, seu rico acervo está preservado. Broos projetou as sedes da Hering e da Faber-Castell, além de construções religiosas (como a Igreja de São Bonifácio, na Vila Mariana, e a Abadia de Santa Maria, no Tremembé). Vizinho a Paraisópolis, o imóvel seria ideal para um bom projeto social.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 04 de setembro de 2019, edição nº 2650.