São Paulo nas Alturas Por Raul Juste Lores Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura
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Edifício Celina: a antiga casa do rabino Henry Sobel em Higienópolis

Projeto do engenheiro e arquiteto Jayme Fonseca Rodrigues, passou por reforma que devolveu o revestimento de pó de mica

Por Raul Juste Lores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 abr 2020, 11h51 - Publicado em 17 abr 2020, 06h00
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  • Por algumas décadas, o rabino Henry Sobel (1944-2019) recebeu muitos vizinhos da comunidade judaica em seu apartamento de Higienópolis neste Edifício Celina, na Rua Rio de Janeiro. Sem muros nem grades até hoje, o elegante prédio dos anos 1940 foi um dos últimos projetos do engenheiro e arquiteto Jayme Fonseca Rodrigues, mais conhecido como coautor do famoso “Sobre as Ondas”, no Guarujá (que já frequentou esta coluna), e por duas casas modernistas na Rua Ceará. Jayme morreu aos 41 anos, em 1946, e não viu este prédio encomendado por sua família ficar pronto (Celina era sua mãe). Jayme também projetou o prédio com forte influência art déco na Nove de Julho abandonado pelo INSS por décadas, hoje popularizado pela chamada “Ocupação Nove de Julho”.

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    (Raul Juste Lores/Veja SP)

    No Celina, como no vizinho Edifício Chopin, a topografia possibilita vistas desimpedidas do bairro do Pacaembu (o terreno em declive permite alguns andares abaixo do térreo, na Rua Rio de Janeiro), além da vista para a graciosa Rua Pernambuco. No lugar de elementos vazados como cobogós, as áreas de serviço são protegidas por tijolos de vidro.

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    Uma reforma recente devolveu o revestimento de pó de mica, ainda que a cor original seja motivo de controvérsia (um livro atual sobre o arquiteto não traz fotos do Celina, que pode ter sido rosado ou bege).

    (Raul Juste Lores/Veja SP)

    A entrada continua livre daqueles painéis de vidro que deixaram tantos prédios com cara de aquário barato. Quase colada ao Celina, uma maltratada escadaria pública aguarda alguma zeladoria, depois que uma campanha de arrecadação de fundos por vizinhos da Rua Pernambuco perdeu fôlego nos últimos meses, sem muitas explicações.

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    Publicado em VEJA SÃO PAULO de 22 de abril de 2020, edição nº 2683.

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