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Cidades

Luiza Tomé diz que foi prejudicada na Globo por resistir a assédio sexual

A atriz conta que foi cortada de trabalhos, se afastou da emissora e só voltou três anos depois, em 'Tieta' (1989)

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 14 mar 2023, 16h11 - Publicado em 14 mar 2023, 16h06

Foto de Luiza Tomé, mulher com cabelo longo castanho, usando jaqueta branca, em fundo neutro, falando ao microfone — Luiza Tomé em entrevista para o podcast Inteligência Ltda (YouTube/Reprodução)

A atriz Luiza Tomé, de 61 anos, afirmou que teve sua carreira na Globo prejudicada por resistir ao assédio sexual cometido por um ex-diretor da emissora — que não teve sua identidade revelada por ela.

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A artista participou do podcast Inteligência Ltda e falou sobre o início de sua carreira. Além de ter sofrido o assédio, ela disse que tinha dificuldade em acompanhar as câmeras e precisou ganhar experiência nesse campo.

“Voltei depois de três anos, em Tieta (1989), porque eu precisei aprender [a acompanhar as câmeras] e sofri assédio de um diretor. Ele me cortou de outros trabalhos”, revelou. “Fui fazer mais teatro e curso de televisão [nesse período].”

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Em seguida, deu mais detalhes do caso de assédio: “Todo dia ele passava por mim e me dava o telefone dele. Todo dia, ali no corredor. Às vezes, estava tristinha porque tinha brigado com meu namorado, o primeiro amor da minha vida, ele passava e dizia: ‘Está tristinha?’. Eu pegava aquele cartão, jogava na bolsa de cena e nunca liguei.”

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“Na época, eu era uma menina de 20 e poucos anos e 40 [anos] para mim era velho, podia ser meu pai”, acrescentou.

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Como o diretor barrava suas participações nas novelas, ela só retornou à Globo após a saída do sujeito da emissora. Ficou 20 anos na casa até mudar para a TV Record.