Vizinho que jogou gás de pimenta em pedreiros quer pagar 6 000 reais de indenização
Homem estava irritado com obra no andar de cima e chegou a ser preso
O morador de um edifício nos Jardins que espirrou gás de pimenta em operários de uma obra no andar de cima quer pagar uma indenização de 6 000 reais a cada um dos homens. Wilson Moreira da Costa Junior, 70, chegou a ser preso depois que quatro pessoas passaram mal com os efeitos do artefato. O caso ocorreu em agosto do ano passado.
Dois dos quatro pedreiros entraram com uma ação judicial por danos morais, solicitando pouco mais de 40 000 reais de indenização cada. Na contestação, a defesa de Wilson Junior afirma que ambos exageram na dose e atribuem responsabilidades maiores do que as que ocorreram. “Eventuais transtornos ocasionados ao requerente não passaram de mero aborrecimento. Na realidade, o que se observa é que o ocorrido não passou de um mero desentendimento entre as partes, agravada pela falta de bom senso do requerente em relação à poluição sonora ocasionada pelas obras no apartamento”, diz o advogado Pedro Menin.
Além disso, o defensor afirma que os barulhos provenientes das obras no andar de cima foram tão grandes que quebraram algumas lâmpadas do apartamento, conforme relato no livro de ocorrências do condomínio. “Conforme informei ontem, as batidas da reforma foram tão fortes que algumas lâmpadas, como a da foto, caíram do teto em função da batedeira. Solicito reparos ou que a empresa repare meu prejuízo imediatamente”.
Independentemente dos transtornos causados antes e depois, o autor dos ataques com gás de pimenta disse que está disposto a pagar uma indenização de 6 000 reais para cada um dos pedreiros e acabar com a ação judicial.
“O mesmo, inclusive, como forma de reparar o fato está manifestando o seu profundo arrependimento e pedido de desculpas, ao lado de apresentar uma proposta de indenização no importe de 6 000 reais, ou seja, o valor aproximado de 3 meses de salário mensal do autor”.
Os advogados dos dois autores das ações ainda não informaram se aceitam ou não a oferta. Uma audiência de conciliação está marcada para o mês que vem.